Rede social Diaspora publica seu código-fonte e convida as comunidades a participar do desenvolvimento

Os criadores do projeto colocaram internet na rede o código fonte da rede social Diaspora, que será desenvolvida em software livre e não vai obrigar os usuários a colocar seus dados e conteúdo no servidor dos "donos" da rede.

16/09/2010
Do El País

Os desenvolvedores da rede social Diaspora publicaram ontem o código-fonte do site para que a comunidade de internautas possa colaborar com seu desenvolvimento. A Diaspora pretende chegar ao público em outubro e se apresenta como uma rede social na qual a privacidade, ao contrário de outras redes como o Facebook, será totalmente controlada pelo próprio internauta. Desenvolvida em sofwtare livre, a rede Diaspora vai permitir a criação de perfis, a postagem de mensagens em murais, a publicação de fotografias e o compartilhamento de conteúdos. Mas, também ao contrário do Facebook, não será um serviço centralizado, que vai armazenar todos os dados de seus usuários nos servidores da empresa responsável por ele. A Diaspora vai operar como uma rede P2P e cada usuário poderá guardar seus dados e o de seus amigos em um servidor próprio ou em outra máquina, conforme deseje. “O único limite é você”, afirmam os responsáveis pelo projeto, em sua página na internet. [Uma das preocupações dos criadores do projeto é que as pessoas tenham controle sobre sua presença na internet, usando a rede para falar de si com quem escolherem e definindo limites para o acesso e uso dessas informações].

O projeto começou depois que a preocupação com a política do Facebook em relação aos dados de seus usuários começaram a ser divulgadas. Os desenvolvedores lançaram uma campanha para captar recursos e encerram o recebimento de doações em junho, depois de arrecadar US$ 200 mil de cerca de 6,5 mil doadores. O site dedicado aos desenvolvedores informa como estão os trabalhos e quais são os objetivos a serem alcançados, alguns muito técnicos e outros mais inteligíveis para usuários comuns, com a tradução do site para vários idiomas. “O Diaspora está em sua infância, mas aqui estão nossas ideias iniciais”, explicam os responsáveis pelo site. Eles são quatro estudantes da Universidade de Nova York: Ilya Zhitomirskiy, 20 años; Dan Grippi, 21; Max Salzberg, 22 y Raphael Sofaer, 19. O projeto foi anunciado no final de abril, quando os estudantes pediram doações. Precisavam então de US$ 10 mil, que conseguiram em 12 dias. A ideia de criar o serviço nasceu depois que eles ouviram uma palestra do professor E. Moglen sobre a espionagem dos dados privados nas redes sociais.

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