disponibiliza, online, parte de seu acervo de destaque nas áreas de
literatura, música, fotografia e artes plásticas. Vitória Guimarães
Para pesquisadores de música popular brasileira, professores de
fotografia, artistas plásticos,
Fonógrafo de 78 rpm. amantes da literatura ou simples
interessados em cultura, o Instituto Moreira Salles (IMS) disponibiliza
em seu site parte de seu extenso acervo para consulta. O internauta
pode saborear alguns dos clássicos de Pixinguinha – desde o 2000 o
Instituto tem a guarda de seu acervo –, conhecer textos do
arquivo pessoal de Otto Lara Resende, visitar a galeria de arte moderna
e contemporânea do Instituto e folhear um album de fotografias
assinadas por grandes mestres, como Marc Ferrez, que se estabeleceu no
Brasil no século XIX, e Hildegard Rosenthal, alemã que desembarcou no
Brasil na década de 30 do século passado, e foi uma das pioneiras do
fotojornalismo brasileiro.
Entidade civil sem fins lucrativos que há 15 anos promove e desenvolve
programas culturais, o IMS, fundado por Walther Moreira Salles e
mantido pelo Unibanco, possui centros culturais localizados em três
estados brasileiros: um no Rio, que abriga também uma Reserva Técnica
Fotográfica e uma Reserva Técnica Musical; dois em Minas Gerais (Belo
Horizonte e Poços de Caldas) e um em São Paulo. Além dos centros,
coordena também as atividades dos Espaços Unibanco de Cinema/Unibanco
Arteplex, uma rede de salas de exibição no Rio de Janeiro, São
Viaduto Santa Efigênia – 1993.Paulo,
Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Juiz de Fora e Curitiba. Nos
Arteplex de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, o
Instituto conta ainda com espaços expositivos, as Galerias IMS ,
animadas com mostras relacionadas à programação do cinema e à arte
local.
O objetivo do IMS sempre foi difundir a cultura e promover um maior
acesso à ela. Por isso, além do que é encontrado em seus espaços
físicos, disponibiliza em seu site parte de seu acervo para consulta. O
material contempla autores, fotógrafos, historiadores, escritores,
artistas, críticos e compositores de destaques, divididos em quatro
categorias: fotografia, literatura, música e artes plásticas.
O arquivo fotográfico do Instituto conta, atualmente, com mais de 160
mil originais, obtidos por meio de aquisições e doações feitas a partir
de 1995.
Entre os 170 fotógrafos representados nas coleções encontram-se grandes
mestres do século XIX (como Augusto Stahl, Militão Augusto de Azevedo,
Marc Ferrez, Guilherme Gaensly e Augusto Malta) e importantes nomes do
século XX (caso de Hildegard Rosenthal, Alice Brill e Marcel Gautherot,
atuantes entre as décadas de 30 a 60, e outros mais recentes, como
Madalena
Jornaleiros – 1985 Schwartz e Juca Martins).
A área de literatura iniciou-se em 1994 com a doação da biblioteca e
arquivo pessoal de Otto Lara Resende, escritor e jornalista mineiro,
também ex-conselheiro do Instituto. Depois, a instituição recebeu a
biblioteca de Jurandir Ferreira, escritor nascido em Poços de Caldas e
também ex-conselheiro do IMS e o arquivo da poeta carioca Ana Cristina
Cesar – composto de livros, documentos pessoais, fotografias e
originais de poesia e prosa – , doado pela família da escritora em
1998.
Artistas brasileiros predominam a pinacoteca do Instituto; mais de 1,7
mil obras, sendo que 700 trabalhos, em sua maioria pinturas
modernas e contemporâneas, compõem a Coleção Unibanco, cujos destaques
podem ser vistos na Exposição Virtual do site. Entre os destaques
internacionais do acervo de artes plásticas do IMS estão o Highcliffe
Album, um dos mais importantes conjuntos sobre o Brasil do século XIX e
a coleção Ukiyo-e, de gravuras de origem japonesa e datadas dos séculos
XVIII e XIX.
Na música, três grandes coleções.
Congresso Nacional – 1962.
Grande parte da história da música e da cultura popular brasileira
compõem o arquivo musical, com destaque para três grandes coleções: a
do crítico e historiador José Ramos Tinhorão, a do fotógrafo e
pesquisador Humberto Franceschi e a do compositor e instrumentista
Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha. A de Pixingunhia, primeira
a ser incorporada pelo IMS, em 23 de abril de 2000, dia de seu
aniversário que se tornou o Dia Nacional do Choro, deu início a uma
série de iniciativas, ainda em curso, com a intenção de criar um padrão
de qualidade para a organização e divulgação de arquivos musicais no
Brasil. No site é possível ouvir as gravações (digitalizadas e
restauradas) dos discos de 78 rotações que formam as discotecas
pertencentes aos acervos de José Ramos Tinhorão e Humberto Franceschi.
Todos os fonogramas reunidos nos arquivos musicais do IMS poderão ser
acessados em breve através da página, totalizando, até o final de 2005,
cerca de 100 mil gravações disponíveis.
A Rádio IMS compõe também o exclusivo arquivo musical, com diversos
programas sobre música, poesia, literatura, coletânias de diferentes
compositores, além de obras raras reunidas em especiais. Pode-se ouvir
a rádio online, mas rádios comunitárias, escolas, ONGs (organizações
não-governamentais), fundações, têm a opção de solicitar gratuitamente
esse conteúdo para reprodução. O material disponível pode ser
consultado através da seção desejada, ou ainda utilizando a ferramenta
Pesquisa on-line. Além disso, como os programas da Rádio, outros
conteúdos podem ser pedidos ao Instituto.
11 3371-4455 – telefone para contato e solicitações