Dilma defende neutralidade de rede no Twitter

21/10 - Ela também ressaltou impotância de que a internet seja aberta, democrática e participativa. Ministro das Comunicações pede, em fórum mundial, um novo modelo para a web.

Da redação

21/10/2013 – A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem (20), em sua conta no Twitter, mudanças na governança da internet mundial. Ela defendeu, também, a neutralidade de rede e ressaltou que o modelo global deve ser como o atualmente empregado no Brasil, em que governo, sociedade civil e empresas têm papel ativo na governança.

Ela lembrou que enviou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a Bali (Indonésia), para participar do Fórum de Governança da Internet (IGF). O evento iniciou ontem. Ali, Bernardo defendeu os pontos abordados por Dilma no Twitter.

Em seu discurso, Bernardo reafirmou a defesa de uma nova governança da rede mundial de computadores. “Estamos prontos para um diálogo de alto nível, com vistas a desenhar um novo modelo para a governança da internet no mundo”, disse.

Segundo Bernardo, “há uma janela de oportunidade incrível que devemos aproveitar, se o que queremos é construir um novo caminho que nos permita materializar todas as infinitas possibilidades da rede mundial, mas com uma gestão verdadeiramente democrática e transparente”.

Para o ministro, a internet deve ser considerada um instrumento importante a favor da humanidade, que pode colaborar com o progresso de todas as nações. “Hoje, a internet passou a ser um instrumento fundamental no processo de crescimento, em todos os sentidos, dos países”, avaliou Bernardo em seu discurso.

Ele aproveitou a fala para criticar o uso da internet para fins ilegais de obtenção de informações ou para o cerceamento das liberdades fundamentais das pessoas. Afirmou que tal prática “já produz efeitos nefastos sobre a unicidade e globalidade da rede”, acrescentando que tais acontecimentos são registrados com frequência cada vez maior.

Convidou, ainda, os participantes do IGF a estarem no Brasil, no primeiro semestre de 2014, para um grande encontro mundial sobre a governança da internet. “Nossa proposta é colocar, lado a lado, líderes mundiais, o setor empresarial, a sociedade civil e os governos nacionais, já desde a organização desse encontro, até a construção das definições que conseguirmos alcançar”, disse Paulo Bernardo.

Ele afirmou acreditar que será possível sair do encontro brasileiro com compromissos claros e uma agenda comum bem definida, que aponte para ações concretas a serem desenvolvidas por todos os países. Outro discurso, durante a abertura oficial do Fórum de Governança da Internet 2013, será feito por Bernardo nesta segunda (terça-feira em Bali).