Editorial




O país vai ganhar um mapa da inclusão


Com o lançamento do Observatório Nacional de Inclusão Digital – ONID pelo governo federal, o país vai conseguir saber quantos telecentros existem, a quantos usuários atendem, a que instituições são vinculados, como são mantidos e quais seus vínculos com a comunidade. Informações que vão compor o verdadeiro mapa da inclusão digital no país. Esse levantamento, uma iniciativa da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, que está sendo conduzida em parceria com o Banco do Brasil, é fundamental não só para se saber o que acontece no país na área de inclusão digital, como para fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas nessa área.

Por isso, é muito importante que os responsáveis pelos projetos de inclusão digital, desde os de menor porte até as redes mais capilarizadas, participem do levantamento, preenchendo o cadastro do ONID. Para facilitar o seu preenchimento, esta edição d’ARede traz encartado, nos exemplares destinados a telecentros e demais projetos de inclusão digital, o questionário oficial do ONID. Os gestores e coordenadores de projetos devem enviar um pré-cadastro à coordenação do Observatório, pelo endereço onid@planejamento.gov.br, após o que receberão uma senha de acesso ao Sistema de Cadastro. Com ela, poderão preencher, via internet, os dados de cada unidade de telecentro sob sua responsabilidade. Ou podem remeter o questionário preenchido para o endereço da Momento Editorial (rua da Consolação, 222/cj.2110 São Paulo – SP CEP 01302-000).

Máquinas recondicionadas: micros a baixo custo.

A reportagem de capa desta edição trata de um tema estratégico para os movimentos de inclusão digital: o recondicionamento de micros usados, que são descartados por grandes usuários corporativos, como empresas públicas e privadas e órgãos de governo. Embora boa parte dessas empresas tenha, como rotina, doar seus equipamentos considerados obsoletos, as doações não são feitas, regra geral, de forma organizada – nem todos os projetos são contemplados, nem sempre os contemplados são os que mais precisam das máquinas. A exceção fica por conta de algumas poucas iniciativas, como a Campanha Mega- Ajuda do CDI-Comitê para a Democratização da Informática e as desenvolvidas pelo movimento MetaReciclagem. Agora, o governo federal decidiu lançar um programa coordenado para a montagem dos Centros de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores – dois, um em Brasília e outro no Rio de Janeiro, já estão em fase de montagem.

Esses centros, que poderão receber máquinas descartadas também da iniciativa privada, vão abastecer os projetos de inclusão digital públicos e do terceiro setor. Além do custo barato – menos de R$ 150,00 por máquina recondicionada –, o projeto contempla também a formação de mão-de-obra que depois irá se integrar ao mercado de trabalho.

Lia Ribeiro Dias

Diretora Editoral