Educação Digital equipa 50 laboratórios

Projeto da Brasil Telecom vai dar computadores, banda larga e assessoria pedagógica a escolas públicas de nove estados e do DF.


Projeto da Brasil Telecom vai dar computadores, banda larga e assessoria pedagógica a escolas públicas de nove estados e do DF.
Carlos Minuano


Salas digitas estão prontas
para funcionar em 50 escolas
públicas
A Brasil Telecom lançou, em março, o programa Educação Digital, para apoiar o uso de tecnologias da informação e comunicação em escolas públicas. Para isso, a empresa vai equipar salas de aulas com computadores e banda larga, e oferecer capacitação para o uso de ferramentas digitais a professores e alunos da rede municipal e estadual de ensino, de nove estados e no Distrito Federal. A empresa fará um investimento inicial de R$ 2 milhões no programa, em 2008, para atender cem escolas, sendo que 50 delas já foram definidas.

As oficinas do projeto Educação Digital vão atender crianças e jovens do ensino fundamental. As salas de aula digitais estão prontas pra funcionar em 50 escolas nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Acre, Rondônia e na capital federal, Brasília. “A meta é chegar a cem centros (com 20 computadores cada), ainda em 2008, e a 500, até 2010”, informa o diretor da BrT e gerente do projeto, Antônio Carlos de Bastos.

Ele conta que experiências anteriores, de sucessos e fracassos, influenciaram o projeto. “Percebemos que a falta de dinheiro, equipamentos e manutenção eram os principais responsáveis pelo insucesso de diversas iniciativas.” Além de eliminar os problemas mais recorrentes, o projeto vai priorizar o uso intensivo das novas tecnologias, acrescenta Antônio. “As escolas receberão acesso à internet por banda larga e um laboratório digital modelo, financiados pela Brasil Telecom”. Cada sala terá 21 computadores, além de impressora e scanner a laser e máquina fotográfica digital. O atendimento será feito por alunos monitores, treinados pela Microsoft, e por professores, capacitados pela Intel.

Apesar do apoio das empresas, o projeto assegura autonomia às escolas, que podem trabalhar com plataforma Windows ou Linux. Segundo Antônio Carlos, consulta feita pela empresa às escolas verificou que, do conjunto inicial de 50 unidades a serem atendidas, 70% trabalha com o sistema da Microsoft e 30%, com Linux. “Quem decidirá as ações a serem priorizadas será a própria escola”, diz o diretor da BrT. A monitoria, no entanto, fica com a Brasil Telecom, em conjunto com uma equipe pedagógica, contratada da ONG LT-Net. A empresa também responderá pela manutenção e pelo atendimento de problemas técnicos, que poderá ser solicitado através de uma linha 0800. O suporte em Linux está a cargo da MSTech.

Pilar central
Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom, conta que o projeto foi influenciado também pelo movimento “Todos pela Educação”, que reúne grandes empresários (como Jorge  Gerdau e Milú Vilela), terceiro setor e governos, e cujo objetivo é atender a um conjunto de metas para melhoria do ensino no Brasil. “O desafio, agora, é fazer tudo isso com qualidade”. A internet, segundo ele, é um pilar vital para esse objetivo. “As crianças e jovens conseguem chegar à escola, mas saem de lá sem saber o que precisam”.

A Brasil Telecom vai custear integralmente todas as despesas do programa, pelo período experimental de 18 meses – aproximadamente R$ 200 mil por escola. “Se for um sucesso, continuaremos no projeto e vamos buscar novas parcerias; se não houver a adesão e a correspondência esperada, podemos transferir gradualmente a gestão”.