11/12/09 – O Centro Nacional de Referencia de Aplicação das TICs baseadas em Fontes Abertas (Cenatic) publicou na internet um decálogo a favor do uso de software livre nas escolas. O documento foi divulgado no momento em que o país decidiu que plataformas usar dentro do plano Escola 2.0, iniciativa do governo espanhol para dar um computador por aluno, para ser usado desde o quinto ano do fundamental até o segundo ano do ensino médio.
O projeto Escola 2.0, para o uso de computadores nas aulas, gerou um acordo entre o Ministério da Educação e a Microsoft, pelo qual ela vai oferecer Os programas da suíte Office e o sistema operacional com uma licença anual de oito euros por aluno, o que supõe 90% de desconto sobre o preço de tabela a 4 mil alunos dos quinto e sexto ano do primário em Ceuta e Melilla, além de formação para professores e conteúdos educativos.
“Das decisões que se tomarem hoje dependerá como vão se educar tecnologicamente nossos filhos”, afirma no comunicado Miguel Jaque, diretor da fundação, que considera que o projeto Escola 2.0 é uma oportunidade única para avançar na construção de uma sociedade da informação mais justa e com mais oportunidades.
Os argumentos do decálogo são os seguintes:
1. O software livre contribui para formar pessoas livres, independentes, críticas e autônomas.
2. Permite ensinar com ferramentas adaptadas a realidade do aluno.
3. Cria uma comunidade de conhecimento compartilhado.
4. Favorece a liberdade de escolha tecnológica.
5. Evolui rapidamente e permite umaa eficaz solução dos problemas.
6. É uma solução madura, com experiências de sucesso no setor de educação da Espanha.
7. Permite economizar custos na implantação, manutenção e na gestão dos centros educativos.
8. Facilita os alunos a ter, em suas casas, as mesmas ferramentas educativas que usam na escola, e de maneira 100% legal.
9. Garante a segurança.
10.Potencializa as empresas locais a criar inovação de produtos e serviços.
O documento também destaca a facilidade de adaptar as ferramentas a diferentes línguas, como já fizeram comunidades autônomas como Galícia, a Comunidade Valenciana e a Catalunha, e permite a reutilização de estratégias educativas entre diferentes comunidades e países, como no caso da Plataforma Agrega, tecnologia espanhola de fontes abertas que o Ministério da Eucação cedeu, recentemente, ao Reino Unido.
Os patrocinadores da da Cenatic, além do Ministério da Indústria, Turismo e Comércio, a Junta da Extremadura, a Junta da Andaluzia, o Principado de Astúrias, o governo de Aragón, o governo de Cantábria, a Generalitat de Cataluña e o governo balear, além das empresas Atos Origin, Sun Microsystems, Bull, Telefónica e Gpex. (Do El País)