Estudo global: apenas 27% dos entrevistados estão dispostos a abrir mão da privacidade em troca de facilidades online.

24/06 - Pesquisa realizada pela EMC revelou que as pessoas querem os benefícios da tecnologia, porém, sem sacrificar a privacidade.

Da redação

24/06/2014 – A EMC Corporation divulga resultados do Índice EMC de Privacidade, um estudo global que avaliou as atitudes dos consumidores em relação à privacidade online. Abrangendo 15 países e 15 mil pessoas, a pesquisa revela que os pontos de vista sobre privacidade variam conforme a região e o tipo de atividade realizada online.

O trabalho revelou que as pessoas querem os benefícios da tecnologia, porém, sem sacrificar a privacidade.

Os dados apontaram para três padrões de privacidade:

· “Queremos tudo” – Os consumidores dizem que querem todas as conveniências e todos os benefícios da tecnologia digital, embora não estejam dispostos a negociar sua privacidade para obtê-los.

· “Não tomar atitude” – A maioria diz que não toma praticamente nenhuma atitude especial para proteger sua privacidade – em vez disso, transfere o ônus para os que lidam com suas informações, como o governo e as empresas.

· “Compartilhamento social” – Os usuários de mídia social afirmam valorizar a privacidade, mas compartilhem livremente grandes volumes de dados pessoais e manifestem falta de confiança na proteção que essas instituições dão a suas informações.

O EMC Privacy Index confirma que as pessoas se comportam diferentemente dependendo do tipo de atividade e podem ser classificadas em personas online (ou “Eus”), cada uma com atitudes diferentes em relação à privacidade. As seis personas avaliadas são:
·         Eu Social – interação com os sites de mídia social, programas de e-mail, texto/SMS e outros serviços de comunicação
·         Eu Financeiro – interação com bancos e outras instituições financeiras
·         Eu Cidadão – interação com órgãos governamentais
·         Eu Médico – interação com médicos, instituições médicas e planos de saúde
·         Eu Trabalhador – interação com sistemas e sites de emprego
·         Eu Consumidor – interação com lojas online

Os pontos de vista sobre privacidade variam de uma persona para outra. Por exemplo: vistos pela lente da persona Cidadão, os participantes mostraram maior disposição para perder a privacidade – a fim de obter proteção ou ter acesso online mais fácil e mais eficiente aos serviços de governo. No entanto, sua persona Social declara estar menos disposta a trocar a privacidade por uma conectividade social maior
 
Números do estudo:

91% valorizam o “acesso mais fácil à informação e ao conhecimento” que a tecnologia digital proporciona; 27% trocariam parte da privacidade por maior conveniência e facilidades online

85% valorizam “o uso da tecnologia digital para proteção contra atividade terrorista e/ou criminosa”; 54% trocariam parte de sua privacidade por essa proteção

Maiores de 55 anos estão menos dispostos a trocar a privacidade pela conveniência e desejam mais controle sobre seus dados pessoais

62% não trocam as senhas regularmente

4 em cada 10 não personalizam as configurações de privacidade nas redes sociais

39% não usam proteção por senha nos dispositivos móveis

Entre os principais riscos para o futuro da privacidade, os participantes listaram empresas que usam, vendem ou negociam dados pessoais para obter ganho financeiro (51%) e a falta de atenção do governo (31%).
    
Maiores de 55 anos são muito menos propensos a proteger com senha seus dispositivos móveis ou a alterar as configurações de privacidade em suas redes sociais

51% têm confiança nas habilidades desses fornecedores para proteger dados pessoais e 39% declaram confiar na ética dessas organizações

84% afirmam não gostar que alguém saiba qualquer coisa sobre seus hábitos, a menos que a decisão de compartilhar essas informações seja sua

59% dos participantes globais sentem que agora têm menos privacidade, em comparação com um ano atrás

Brasil e Estados Unidos têm o mais alto percentual de participantes que sentem ter menos privacidade agora, com 71% e 70% respectivamente

81% supõem que a privacidade se reduzirá nos próximos cinco anos

(Com assessoria de imprensa)