Da redação
29/05/2013 – Após quase uma semana de boicote promovido pelos grupos feministas Women, Action and The Media e The Everyday Sexism Projetct, e que obteve participação de grandes empresas anunciantes na rede social, o Facebook publicou ontem (28) um comunicado avisando que vai alterar suas políticas de uso para ampliar a intolerância a discursos de ódio às mulheres.
No texto, a rede social explica: “Nós proibimos conteúdo criado para ser diretamente nocivo, mas permitimos conteúdos que podem ofender ou causar controvérsia. Consideramos nocivo conteúdo que levem à violência no mundo real, roubo, destruição de propriedade, ou que inflija distúrbio emocional a um indivíduo”. Uma lista com os temas proibidos na rede social pode ser vista aqui.
Assumindo responsabilidade sobre as brechas que permitiram recentemente a publicação de conteúdos ofensicos, o Facebook admite: “Recentemente, ficou claro que nossos sistemas de identificação e remoção de mensagens que promovam o ódio deixaram de funcionar da forma como gostaríamos, particularmente em situações relacionadas às questões de gênero”.
A empresa admite que não removeu na velocidade ideal conteúdos nocivos, e por isso, vai rever os critérios adotados para remoção de conteúdo. Promete aperfeiçoar o treinamento das equipes responsável por identificar e remover conteúdos nocivos, vai introduzir uma ferramenta obrigando publicadores de conteúdos polêmicos a se identificar para que os ofendidos possam acionar os autores diretamente. Vai também criar uma linha direta de contato com grupos de militância política em favor das minorias, e vai incentivar que a participação de organizações contra difamação nas decisões da empresa quanto a medidas contra mensagens de ódio.