Faltou quorum para revogar lei de restrição a lan houses

A nova votação foi remarcada para o dia 7 e, apesar de não terem atingido o número mínimo necessário, os participantes saíram esperançosos.

“Frustrante, mas animadora”. Foi assim que Mário Brandão, presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (ABCID), definiu asessão de hoje na Comissão de Comissão e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa no Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Por falta de quorum, nãofoi votada a revogação do Projeto de Lei 2032/2004, que estabelece que as lan houses devem ficar a pelo menos 1 km de distância de escolas. Apesar de estarem presentes representantes da FGV, do Sebrae, da RioSoft, além do deputado estadual Paulo Melo, do PMDB do Rio de Janeiro, autor do PL, e do Relator Dep. Luiz Paulo, não foi atingida a quantidade mínima de deputados participantes necessária para votar o rojeto do agora eleito Deputado Federal Alessandro Molon.

No entanto, houve uma conversa informal, na qual os ativistas a favor da revogação conseguiram expor ao deputado suas posições, além de entregar a ele um estudo feito pela FGV fundamentando a necessidade de descriminalizar as lan houses. Brandão conta que o deputado foi receptivo, e afirmou que a CCJ não julga o mérito das questões, apenas a legalidade das propostas.“Ele disse que sem entrar no mérito, é favorável à tramitação do projeto, posto que ele é legitimo e nesta mesma conversa o Deputado foi convidado para que ele auxiliasse no processo ou reescrevesse um novo projeto de lei, considerando os moldes atuais e a nova utilização das lan houses,” relatou Brandão. Na época que o projeto foi escrito, predominava, no senso comum, a visão de que as lan houses eram lugares de jogos e competições. Hoje essa concepção mudou. As lan houses conseguiram mostrar que são utilizadas para práticas de inclusão digital, educação e prestação de serviços.

Caso ocorra o parecer favorável do próprio autor projeto, a expectativa é de que todos os demais projetos semelhantes também percam força. Nova sessão da CCJ foi marcada para dia 7 de dezembro.