Na entrega do Prêmio ARede, discursos pedem banda larga, Fust e políticas claras para o software livre.
Alvarez: todas as escolas públicas
estarão conectadas até 2010.
Dia 29 de outubro foi dia de festa. Foi o dia da entrega do Prêmio ARede 2007,
que reconhece projetos de inclusão social baseados no uso das
tecnologias da informação e comunicação. Realizado no espaço Promon, em
São Paulo, o evento reuniu cerca de 200 convidados, entre
representantes de governo, empresas e do Terceiro Setor.
Coordenador de inclusão digital do governo federal, Cezar Alvarez,
reiterou, na ocasião, o compromisso assumido pelo presidente Lula, no
discurso de posse do segundo mandato, de levar banda larga a todas as
escolas públicas até 2010. E o vice-governador do Estado de São Paulo,
presente na ocasião como governador em exercício, Alberto Goldman,
destacou a intenção do estado de São Paulo levar banda larga a todos
municípios paulistas até o fim da atual gestão, em 2010. Também
criticou a retenção contínua dos recursos do Fundo de Universalização
dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que acumula cerca de R$ 6
bilhões desde sua criação.
Com indicação livre e escolha pelo time de jurados (representados na
mesa do evento, pelo professor Imre Simon), a personalidade do ano foi
o ministro Gilberto Gil, da Cultura. Impossibilitado de comparecer ao
evento, em depoimento especialmente gravado, ele destacou a própria
existência de uma revista como ARede, “que reconhece a mudança
de paradigmas, a evolução dos tempos e das sociedades”. E ressaltou:
“Ela existe por causa de uma nova realidade: estou aqui, sou fruto
desse novo momento, dessa nova dimensão da vida contemporânea”. Para o
ministro e músico, as novas tecnologias digitais são “quase como uma
nova revolução, do mesmo nível, ou mais profunda do que a revolução
industrial do século XIX (…) Com desdobramentos ainda inimagináveis
na vida das pessoas, na vida concreta, mas, especialmente, na alma das
pessoas”.
Software livre
Alberto Goldman cobra governo
federal o uso dos recursos do Fust
Na abertura do Prêmio ARede 2007, Lia Ribeiro Dias, diretora
editorial da Momento, também defendeu a liberação do Fust e o
estabelecimento, por parte dos governos, de políticas claras em relação
à preferência pelo uso do software livre. Além de condições
para que a maioria da sociedade, a partir de escolas e espaços
públicos, tenha acesso à internet. “É fundamental que o governo defina,
já, um plano nacional de banda larga, para, em dois anos, termos todo o
país coberto por uma infra-estrutura adequada de comunicação”.
A jornalista assinalou o significado especial do evento para a revista
que, há mais de dois anos, em todas as suas edições, acompanha projetos
que usam as TICs para a inclusão social. Na sua opinão, o volume e a
qualidade da maioria dos trabalhos inscritos indicam como se tem
avançando nessa área, no país. A tal ponto que, em muitos casos, disse,
“representou um desafio aos integrantes da comissão julgadora, que
emprestaram a credibilidade de seus nomes e seu tempo para a realização
deste prêmio”.
No evento, foram homenageados, ainda, os patrocinadores e apoiadores da revista ARede,
que receberam um certificado de Empresa Amiga da Inclusão Digital e
troféu como menção honrosa. Tanto este troféu, quanto aquele entregue
aos projetos premiados nasceram dentro do movimento de inclusão
digital. Criado pela e-Communita, spin-off do movimento
MetaReciclagem, e pela Basile Comunicação, a peça foi construída com
discos rígidos e processadores, numa simbologia de inteligência
coletiva e troca de informações.
Entre os 163 projetos inscritos, procedentes de 70 diferentes
municípios, de todas regiões do país, foram escolhidos oito, a maioria
com ênfase em educação (formal, não-formal e capacitação profissional).
| Pirambu Digital, do Movimento Emaús, Amor e Justiça, desenvolvido por jovens de Fortaleza, vence na categoria Terceiro Setor, Organização da Sociedade Civil. A editora-executiva da revista ARede, Verônica Couto, entrega o prêmio a Bruno Queiroz, coordenador do Pirambu, uma cooperativa de desenvolvimento de software |
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| Luiz Ernesto Gemignani, presidente da Promon, entrega o prêmio à Samara Werner, diretora de educação do Oi Futuro, que recebeu o prêmio pelo projeto Tonomundo, vencedor na categoria Terceiro Setor, Fundação, Instituto Empresarial. Presente em 16 estados, o projeto beneficia professores e alunos de 454 escolas públicas, e comunidades próximas. |
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O Portal Governamental em Software Livre, o melhor na categoria Empresa Pública, criado pela Cia. de Informática do Paraná, oferece serviços em 150 sites de órgãos públicos. A diretora da Momento Editorial, Miriam Aquino (à esq.), entrega o prêmio ao diretor da Celepar, Cláudio Crossetti Dutra, e a Christianne Steil, responsável pelo projeto. |
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Com cerca de 30 mil assinantes, esta TV a cabo oferece, na favela da Rocinha (RJ), um pacote de 35 canais, a R$ 30,00. Esse modelo deu à TV Rocinha o prêmio na categoria Empresa Privada. O secretário de Gestão Pública de São Paulo, Sidney Beraldo (à esq.) entrega o prêmio a Dante Quinterno, presidente da TV Roc. |
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Escolhido como personalidade do ano, o ministro Gilberto Gil, da Cultura, foi representado por Célio Turino (à dir.), secretário de Programas e Políticas Culturais do ministério. Em nome do ministro Gil, Turino recebe o prêmio das mãos de Cezar Alvarez, coordenador de inclusão digital do governo federal. |
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Vencedor na categoria Especial Educação, o projeto Latanet – da Latinha à Internet, da Oficina de Imagens, uma ONG de Belo Horizonte, já atendeu cerca de 2 mil alunos da rede municipal. O professor Imre Simon, da USP, representando a comissão julgadora, entrega o troféu à Paula Fortuna, coordenadora do Latanet. |
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O telecentro com Acessibilidade Total foi o melhor na categoria Setor Público Municipal. O deputado federal Julio Semeghini (PSDB/SP) entrega o prêmio à professora Maria Regina Maciel, presidente do Instituto Efort, e a Waldemar Junqueira Ferreira Neto (à dir.), coordenador de inclusão digital da Secretaria Municipal de Participação e Parceria de São Paulo. |
| Vencedor na categoria Setor Público Estadual, o prêmio para o portal Acessa São Paulo foi entregue por Lia Ribeiro Dias a Sidney Beraldo, secretário de Gestão Pública do governo de São Paulo, ladeado por Antônio Carlos de Oliveira, coordenador do programa (à esq.); e Hernani Dimantas, coordenador da Escola do Futuro (à dir.). |
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Para desmistificar o uso de computadores, a Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia criou o Tabuleiro Digital, que venceu na categoria Setor Público Federal. O deputado Julio Semeghini entrega o prêmio à professora Maria Helena Bonilla, da UFBA. |
As empresas que apóiam ARede, por acreditar na revista como veículo de difusão de ações e idéias comprometidas com a inclusão digital, também foram homenageadas.
Em reconhecimento a essa parceria, a Momento Editorial confere a essas organizações um troféu e o selo “Empresa Amiga da Inclusão Digital”.
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Presidente do Oi Futuro – Instituto de Responsabilidade Social, José Augusto da Gama Figueira, recebe o troféu de Miriam Aquino, diretora da Momento. |
| A editora-executiva d’ARede Verônica Couto, entrega o troféu à Nokia, representada por sua gerente de responsabilidade social, Luciana Souza. |
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Françoise Trappenard, vice-presidente de recursos humanos da Telefônica, recebe o troféu de Sidney Beraldo, secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo. |
| Ao lado, Cezar Alvarez entrega o troféu à Fundação CPqD, na pessoa de seu presidente, Hélio Marcos Graciosa. |
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Em nome da Petrobras, Fabrício Nunes, da gerência de comunicação institucional, recebe o troféu do deputado Julio Semeghini |
| A Promon recebe o troféu, entregue por Cezar Alvarez, representada por seu presidente, Luís Ernesto Gemignani. |
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O governador em exercício Alberto Goldman entrega o troféu à Alcatel-Lucent, representada por Harumi Ishihara, diretora de comunicação. |
| Lia Ribeiro Dias entrega o troféu à TIM, na pessoa de Carlos Gabriel Cupo, diretor geral da TIM São Paulo. |
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O presidente do iG, Caio Tulio Costa, representando a Brasil Telecom, recebe o troféu das mãos de Miriam Aquino. |
