22/07/2010
Da Info Abril
Um dos incontáveis pontos de embate entre os frequentadores da FISL e a arquirrival Microsoft é a oposição entre padrões abertos para documentos.
Dona da suíte Office e criadora das populares extensões .DOC (para Word) ou .XLS (para Excel), a Microsoft suporta desde o último Service Pack para o Office 2007 o formato aberto Open XML. Para os defensores do software livre, no entanto, o OXML é um engodo cheio de falhas e formato aberto de verdade é o ODF.
“Assim como open source tornou-se um tema recorrente nos últimos dois anos, o debate que deve pegar fogo agora é o dos formatos abertos. Não faz sentido criar aplicações e conteúdos em formatos fechados. A indústria e os consumidores vão rejeitar isso”, diz Jomar Silva, diretor da ODF Alliance no Brasil, entidade que suporta o padrão aberto ODF.
O formato ODF conta com o apoio de grandes companhias, como a IBM, e é apresentado por seus defensores como tecnicamente superior ao OXML. Há dois anos, quando a entidade que determina quais formatos devem se tornar padrão internacional, o ISO, avaliou o OXML, os defensores do ODF conseguiram convencer o Brasil a votar contra o formato aberto criado pela Microsoft.
Apesar do voto contra do Brasil, a ISO aceitou o OXML como um padrão aberto adequado para uso em todo o mundo. “Mas só o ODF tem o apoio da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, contesta Jomar.