Fora do laboratório, na sala de aula.

Projetor com entrada USB ou TV adaptada para levar os conteúdos digitais a todas as disciplinas


Projetor com entrada USB ou TV adaptada para levar os conteúdos digitais a todas as disciplinas


TV multimídia, projeto
do governo do Paraná
Para o uso dos conteúdos digitais em sala de aula, aparecem novas opções de terminais e de hardware. Em geral, os laboratórios de informática têm cerca de 20 computadores, e são freqüentados pelos alunos uma ou duas vezes por semana, ou ainda menos. Por isso, a idéia de contar com um equipamento que ofereça uma imagem ampliada, capaz de ser vista pelo conjunto dos alunos, da aula produzida pelo professor de cada disciplina, e os conteúdos escolhidos por ele. Pode ser um projetor, como na parceria do MEC com instituições de pesquisa; ou um aparelho de televisão, como a especificada pelo governo do Paraná e produzida pela CCE.

A solução do MEC trata-se de um projetor portátil com porta USB, que reproduz DVD, tem antena para captar o sinal de servidor, conexão à rede elétrica, teclado e mouse. Foi idealizado pelo próprio secretário de Educação a Distância do ministério, Carlos Eduardo Bielschowsky, e está sendo desenvolvido com a Universidade Federal de Pernambuco e a Fundação Certi. Bielschowsky estima que chegue ao mercado por R$ 2 mil. “O professores poderão contar, em sala, com um dispositivo que permitirá baixar conteúdo do servidor, reproduzir DVDs, e apresentar uma aula interativa.” Teste da solução deve ser feito junto a 500 escolas.

Do mesmo modo, Elizabeth Santos, diretora de tecnologia educacional da Secretaria de Educação do Paraná, explica que a TV multimídia serve para levar para a sala de aula o conteúdo disponível no portal Dia a Dia na Educação. Permite a conexão de um pendrive, e exibe arquivos de imagens, vídeo e áudio. Ou seja, o aparelho televisor faz a leitura do pendrive do professor, onde está armazenada a aula que ele preparou por meio da pesquisa no portal.

Para chegar a esse dispositivo, o governo estadual licitou uma solução que pudesse apresentar leitura de arquivo de computadores em pendrive (de 2 Gb), com tela plana de 29 polegadas. “Se optássemos por um DVD, teríamos um gasto muito alto; e o pendrive simplifica o processo de autoria por parte do professor”, compara Elizabeth.

Na concorrência, a Secretaria de Educação comprou 22 mil unidades de televisores adaptados da CCE (um para cada sala de aula de cada uma das 2,1 mil escolas estaduais). Além dos arquivos transferidos do computador, o aparelho recebe os sinais de uma TV normal, e pega a TV Paulo Freire, do estado, voltada à Educação. A licitação foi concluída no início de 2007, e os aparelhos  entregues até o início deste ano. Em março, começou a distribuição aos professores dos pendrive de 2 Gb.

O governo gastou, diz Elizabeth, R$ 19 milhões com as TVs, e R$ 42,00 por cada pendrive (foram comprados 60 mil). Também decidiram adotar o aparelho especificado no Paraná os governos do Espírito Santo, Piauí, Santa Catarina e Distrito Federal. Há outros estados em negociação.