Fust de 2010 pode ser usado no Plano Nacional de Banda Larga

O ministro Hélio Costa calcula em R$ 1 bilhão os recursos do Fust em 2010. Ele também informa que a proposta da "bolsa celular" é das operadoras e cabe a elas, se quiserem, levá-la adiante.

18/11/09 – O fluxo de caixa do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) do próximo ano pode ser usado para bancar o Plano Nacional de Banda Larga. O valor, de acordo com entrevista do ministro das Comunicações, Hélio Costa à Agência Brasil, ontem, pode chegar a R$ 1 bilhão.

“O presidente Lula já acenou que pode concordar com a utilização do fluxo de caixa do Fust, que já é extremamente importante. Porque nós não vamos poder usar os quase R$ 7 bilhões, pelo menos vamos poder usar o R$ 1 bilhão que vai entrar no ano que vem”, afirmou o ministro. De acordo com o assessor especial da presidência da república, Cezar Alvarez, o presidente Lula já teria conversado com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para que esses recursos não sejam contingenciados em 2010.

De acordo com o ministro Hélio Costa, o objetivo agora é fazer com que o plano entre em funcionamento ainda no governo Lula. O ministro também admitiu a possibilidade de usar redes de fibra óptica de empresas estatais como Furnas, Petrobras e Eletrobrás, tanto para a oferta do serviço como para trabalhar em parceria com as empresas prestadoras privadas.

Hélio Costa disse ainda que estava retirando a proposta do programa, que ficou sendo chamado pela imprensa de “bolsa celular”. Segundo ele, a ideia foi mal interpretada e não haverá dinheiro público para financiar a compra de celulares para a população de baixa renda.

“A proposta era que as empresas dariam o aparelho e um crédito de R$ 7 por mês para a pessoa usar. Elas, empresas, é que pediram – e aí o governo pode aceitar ou não – a isenção de recolhimento para o Fistel [Fundo de Fiscalização das Telecomunicações]. Isso seria sobre linhas que não existem ainda, então não seria desoneração”, afirmou Costa. Segundo ele, o ministério vai agora deixar que, se as empresas quiserem, que levem a proposta adiante.