Gesac inicia em maio novo projeto de formação

O projeto, parceria entre ministérios da Educação e das Comunicações, vai qualificar monitores de 733 pontos de inclusão digital, além de 2,2 mil multiplicadores selecionados nas comunidades.

08/04/2010 – (Do Ministério das Comunicações) A partir de maio, o Ministério das Comunicações dará início às ações de capacitação e educação à distância do Programa Gesac, responsável por disponibilizar conexão gratuita à internet em banda larga às ações de inclusão digital do ministério. O Projeto de Formação GESAC é resultado de uma cooperação técnica entre os ministérios das Comunicações e da Educação. A ação inclui o atendimento a 733 pontos de presença em todo o país que ainda não contavam com atividades de formação de inclusão digital, como aulas e monitorias.

O projeto tem duração de um ano e conta com o apoio estratégico dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, os antigos CEFETS. Isso porque cada um dos pontos selecionados vai indicar um monitor para receber capacitação presencial durante uma semana no Instituto Federal mais próximo. Todas as despesas com deslocamento, hospedagem e alimentação serão custeadas pelo Ministério das Comunicações. Em contrapartida, os monitores só receberão o certificado da formação depois de cumprirem o compromisso de formar no mínimo três multiplicadores em suas comunidades.

“A inclusão dos Institutos Federais é um diferencial, pois dá uma conotação científica ao projeto e uma massa crítica na questão da educação”, avalia o Gerente de Projetos do Departamento de Serviços de Inclusão Digital do ministério, Elias Nagib David.

O papel dos professores, tutores e monitores
Onze Institutos Federais participarão do projeto. A rede de formação inclui 12 professores orientadores, 73 alunos tutores e 30 promotores de inclusão digital. Os professores serão responsáveis por formar presencialmente os monitores dos pontos de inclusão digital. A idéia é que o conteúdo das aulas presenciais seja disponibilizado também em CDs, para que os monitores possam levá-los para os pontos e utilizá-los independentemente da internet. O conteúdo também ficará disponível online no portal do Projeto de Formação, que trará serviços de educação à distância.

Aos alunos tutores cabe a responsabilidade de prestar atendimento remoto aos monitores durante o período de um ano, além de acompanhar os cursos de ensino à distância. Eles também devem identificar e divulgar serviços de governo eletrônico que melhor atendam as necessidades de cada ponto. Cada aluno tutor dos Institutos Federais vai acompanhar de sete a dez monitores.

Os 30 promotores de inclusão digital (PIDs) ficarão em contato direto com os pontos de presença, visitando as comunidades com o intuito de promover o desenvolvimento cultural e econômico local por meio da inclusão digital. Os PIDs também devem promover projetos comunitários, incentivar o uso de software livre, além de atuar sobre as demandas surgidas nos pontos. Por estarem em contato direto com as localidades atendidas, eles têm papel importante ao apoiar a pesquisa e avaliação do projeto, dando constante retorno ao Ministério das Comunicações.

Primeiros socorros
Outro diferencial na atuação dos promotores de inclusão digital é que eles visitarão os pontos GESAC com um chamado “kit primeiros socorros”. A idéia é que eles dêem um diagnóstico da situação da rede local e, dependendo do grau de complexidade do problema, eles mesmos já possam resolver. O promotor de inclusão digital vai, por exemplo, verificar a existência de vírus nos computadores, compactar discos e outras atividades básicas que melhorem o desempenho do ponto.

“Ao fim de um ano, teremos 733 monitores certificados, cerca de 2.200 mil multiplicadores capacitados, uma metodologia de formação validada, conteúdos digitais disponibilizados para livre acesso e, sobretudo, um modelo de formação validado para subsidiar políticas públicas. Ao fim desse período, queremos verificar possíveis erros, corrigi-los, manter os acertos e, se for o caso, prorrogar o projeto por mais tempo, atendendo a mais comunidades”, afirma Elias David.

Todos os atores envolvidos no projeto – professores orientadores, alunos tutores e monitores – receberão uma bolsa, além de ajuda de custo no caso dos PIDs. No dia 5 de abril, o Ministério das Comunicações publicou uma portaria aprovando o Termo de Cooperação nº 002/2010, que transfere recursos da ordem de R$ 4,058 milhões para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos a serem transferidos foram divididos nas seguintes categorias: pagamento de bolsas, no valor de R$ 2.560.054,97; material de consumo, no valor de R$ 238.032,00; passagens e despesas com locomoção, ao custo de R$ 424.300,00; e diárias, no valor de R$ 835.750,00.

A seleção dos docentes e tutores fica a cargo do Ministério da Educação. Já os promotores de inclusão digital foram selecionados pelo Ministério das Comunicações.