Marina Pita,
do Tele.Síntese
14/04/2014 – O Facebook divulgou nesta sexta-feira (11) o segundo relatório de pedidos governamentais de informações, uma prática que as empresas de internet vêm adotando para tentar diminuir o alto nível de desconfiança em relação à privacidade criado por conta das denúncias de espionagem da agência nacional de segurança (NSA) norte-americana. Segundo o relatório, ao longo de todo o ano de 2013, o governo brasileiro solicitou informações de 2,5 mil usuários.
Um dos pontos interessantes do relatório é o aumento no número de pedidos no segundo semestre do ano passado, em relação ao primeiro: quase dobrou.
De acordo com a rede social, de janeiro a junho foram feitos 857 pedidos de acesso a informação de usuários pelo governo brasileiro. Já de julho a dezembro, este número passou para 1,6 mil. O aumento no número de solicitações é ainda mais interessante quando se considera que a partir de junho explodiram as manifestações de rua no país.
Do total de pedidos realizados pelo governo no segundo semestre, 33,82% foram atendidos, alega a rede social.
Comentando a pesquisa global como um todo, o Facebook explica que a grande maioria dos pedidos referem-se a casos criminais, como roubos ou seqüestros. Em muitos destes casos, os pedidos buscam informações básicas do usuário, tais como nome e tempo de serviço. Outras solicitações requerem registros de endereços IP ou conteúdo da conta.
“Todo e qualquer pedido que recebemos deve ter sustentação legal. Exigimos que os funcionários para forneçam uma descrição detalhada da base legal e factual para o seu pedido, e nós o devolvemos quando encontramos deficiências legais ou demandas excessivamente amplas ou vagas de informação. Mesmo quando nós determinamos que a lei local obriga a divulgação, freqüentemente compartilham apenas informações básicas de assinante”, explicou o Facebook