Segundo o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIG),
primeiro estudo organizado pelo IBGE para quantificar os indicadores do
setor, os gastos com cultura representam no bolso do brasileiro a média
de 7,9%, ficando à frente até de higiene pessoal. O ano-base para a
pesquisa foi 2003.
Os números mostram que 4% dos trabalhadores (1,43 milhões de pessoas)
têm empregos diretamente relacionados à cultura (seja no setor de
serviços, indústria ou comércio). Além disso, 5,2% das empresas formais
trabalham com a atividade.
O Estado investiu, em 2003, R$ 2,3 bilhões em cultura. Dessa quantia, o
município é a esfera que mais financia, com 55% (pouco mais de R$ 1
bilhão), seguidos do estado (32,4) e da União (12,6%). A desigualdade
social em relação à cultura é gigantesca, assim como em outras áreas.
Enquanto as famílias com rendimento até R$ 400 dispendem 2,59%, quem
ganha acima de R$ 3 mil consome 5,45% — o dobro — com cultura.
O estudo é pioneiro e foi realizado a partir de um convênio do IBGE com o Ministério da Cultura.
www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_culturais/2003/default.shtm – Acesso ao estudo
