Minicom agiliza outorgas de comunitárias
O Ministério das Comunicações (Minicom) deve lançar, ainda neste semestre, um Plano Nacional de Outorgas para tornar mais ágil o processo de autorização de rádio comunitária no país. A iniciativa é só uma das várias ações em curso no ministério para cumprir a meta de ter em funcionamento pelo menos uma emissora em cada um dos 5.565 municípios – atualmente há autorização para o funcionamento de 4.200 rádios comunitárias.
Segundo o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins Albuquerque, entre essas ações estão a criação de uma coordenação-geral de radiodifusão comunitária dentro da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica e o incentivo ao desenvolvimento de um software livre para a gestão das emissoras de radiodifusão comunitária. A ferramenta traria facilidade tanto na parte administrativa quanto na organização da programação. Também fazem parte do incentivo à radio comunitária a promoção de ciclos de palestras, oficinas e cursos voltados à capacitação dos radiodifusores comunitários, em parceria com emissoras públicas e outras entidades.
Telecentro.br quer formar 15 mil monitores até 2012
Coordenado pelos ministérios do Planejamento, Comunicações e Ciência e Tecnologia, o Telecentros.BR começou, em fevereiro, a formação da primeira turma de monitores – 455 jovens que serão serão treinados durante 12 meses para atuar nos mais de 10 mil telecentros espalhados pelo país. Em março, será a vez de uma nova turma, com 600 jovens. A meta é elevar gradualmente o número de monitores capacitados até chegar a 15 mil, em 2012.Além de receber informações sobre a finalidade dos telecentros, debater o papel do monitor, e aprender noções sobre cultura digital e comunicação comunitária, os monitores são preparados para auxiliar os usuários dos telecentros. O curso para os monitores foi construído pelos polos
da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital. O material da formação está disponível em www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede
Projeto inspirador:moradores de rua no Twitter
Despertar a atenção da sociedade para a dura realidade de quem mora nas ruas de Nova York. Foi com essa intenção que três estagiários da agência de propaganda BBH criaram o Underheard in New York (@underheardinNY), projeto piloto que se propôs a selecionar e treinar quatro moradores de rua para acessar e usar o Twitter com o fim exclusivo de dar voz a quem quase nunca é ouvido. Danny (@putodanny), Derrick (@awitness2011), Albert (@albert814) e Carlos (@jessie550) receberam celulares pré-pagos, um mês de envio ilimitado de mensagens de texto e uma conta na rede de microblogging. Desde então, passaram a contar suas rotinas, a falar das dificuldades, agradecer as boas ações e a se mostrar como realmente são. Nenhum deles virou fenômeno no Twitter, mas seus posts serviram para conscientizar as pessoas sobre os problemas dos moradores das ruas e mostrar a importância de conseguir apoio para sua causa. Veja o que eles têm a dizer em http://underheardinnewyork.com.
Em dois meses PROUCA atrai 32 municípios
Lançada em dezembro do ano passado, a segunda fase do Programa Um Computador por Aluno (ProUca) registrou até fevereiro a adesão de 32 municípios interessados em comprar 210 mil equipamentos. Segundo José Guilherme Ribeiro, diretor de infraestrutura e tecnologia educacional do Ministério da Educação (MEC), dez dos 32 municípios querem comprar 140 mil equipamentos com financiamento do BNDES. Os outros 22 municípios vão adquirir, no total, 70 mil máquinas, com recursos próprios. Ao contrário da fase piloto, em que o governo federal doou 150 mil computadores portáteis para alunos de 300 escolas da rede pública, na segunda etapa, as prefeituras e os governos estaduais é que deverão comprar os equipamentos, mas com isenção de impostos. Na primeira etapa, cada notebook saiu por R$ 550, com investimento total de R$ 82 milhões. Nesta segunda fase, custarão entre R$ 344 e R$ 376 – preço fechado pelo MEC, no ano passado, com a Positivo, vencedora da licitação para a venda de 600 mil computadores portáteis no modelo Classmate PC, da Intel. “A procura dos municípios e estados tem sido muito grande. Acredito que vamos esgotar o registro de preço com as 600 mil máquinas estimadas ainda neste semestre. Em seguida, o ministério vai avaliar se vai renovar o registro ou fazer uma nova licitação”, diz Ribeiro.
…E financiamento ainda está aberto pela internet
As prefeituras e os governos interessados em aderir ao ProUca devem acessar a página do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (www.fnde.gov.br) e entrar no link para o registro de preço do Ministério da Educação (MEC), onde está o ProUca. Lá é possível baixar também o manual eletrônico e o formulário de adesão que deve ser remetido ao FNDE, se a compra for com recursos próprios, ou aos agentes credenciados pelo BNDES, se a opção for pelo financiamento. O orçamento do BNDES para a compra de computadores portáteis pelo ProUca nessa segunda fase é de R$ 650 milhões. O edital com as condições de financiamento está no site do BNDES (www.bndes.gov.br). Municípios de menor porte podem financiar até 50% de seus projetos, os de médio porte, até 30%, e os de grande porte, até 20%. O prazo da operação será de três anos, incluídos seis meses de carência, com remuneração do banco de 1% ao ano, mais a TJLP.
US$ 6 milhões para inclusão digital de jovens de baixa renda
Crianças e jovens do Brasil farão parte de um programa mundial, promovido pela organização estadunidense World Education e a Fundação Alcatel-Lucent. O projeto ConnectED, que vai mobilizar investimentos de US$ 6 milhões, em três anos, oferecerá acompanhamento educacional e inclusão digital em comunidades carentes. Participarão 13.500 jovens de Austrália, Brasil, Camboja, China, Egito, França e Índia – 70% do grupo composto por mulheres. O programa terá foco em ajudar os jovens a usando as tecnologias de informação e comunicação para aprender e se preparar para suas carreiras profissionais. A Fundação Alcatel-Lucent financiará cursos de alfabetização e aulas para jovens que abandonaram os estudos. O programa prevê também bolsas e treinamento para professores, com foco no aproveitamento das tecnologias da comunicação.