Censura à web cresce na Índia…
Apesar de apenas 10% dos habitantes da Índia terem acesso à internet, a presença da rede está crescendo, no país. E, na esteira, cresce também a repressão à liberdade de expressão. Uma nova regulamentação da internet, em vigor desde abril, permite que autoridades e cidadãos exijam a retirada do ar de conteúdos que considerem ofensivos. De acordo com a lei, pode ser removido tudo que “ameace a unidade, integridade, defesa, segurança ou soberania da Índia, as relações amistosas com países estrangeiros ou a ordem pública”. Por trás dessas definições genéricas, livros e filmes são proibidos por conteúdos políticos, religiosos e até de orientação sexual. Há pouco tempo, foi censurada uma biografia do líder do movimento pela independência da Índia, Mohandas Gandhi, sob alegação de que deprecia a imagem de Gandhi ao falar sobre sua relação com outro homem.
… e bate recorde na China, em Cuba e no Irã.
Um relatório do Comitê para a Proteção de Jornalistas, publicado no início do mês apontou que China, Cuba e Irã estão entre os dez países que mais censuram a internet. Também estão na lista: Egito (apesar da mudança no governo), Síria e Tunísia. O autor do documento, Danny O’Brien, denuncia o uso de técnicas para silenciar o trabalho dos jornalistas que “vão além da censura na rede”. Exemplos: os bloqueios de acesso a portais de informação (mais praticados no Irã); os ataques com vírus (China); as detenções de blogueiros (Síria); as perseguições a jornalistas (Rússia), a censura de e-mails e redes sociais (Tunísia), a interrupção do serviço (Egito), entre outros.
ATN vai assumir os telecentros de negócios
O programa Telecentros de Informação e Negócios (TIN) está em debate durante o planejamento estratégico da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O cenário mais provável é que o ministério deixe a parceria com a Associação Telecentro de Informação e Negócios (ATN), organização da sociedade civil responsável pela implantação do material fornecido e pelo gerenciamento dos espaços. Marcos Vinícius, diretor do Departamento de Fomento à Inovação, explicou que a intenção do governo no início da parceria, em 2006, era ajudar a ATN a fomentar e a estabilizar os telecentros. Agora, chegou-se a um consenso de que o projeto pode prosseguir sem o acompanhamento do ministério. A decisão será divulgada oficialmente em junho. O projeto TIN foi criado para apoio à implantação de telecentros e salas de informática em associações empresariais, prefeituras, organização sem fins lucrativos e instituições do terceiro setor, entre outras. A rede tem cerca de 3 mil instituições apoiadas, nos 27 estados brasileiros.
Proteção
a dados tem urgência
Enquanto cobrava da Sony, no início de maio, explicações sobre vazamento de dados pessoais de usuários na rede de jogos online da companhia, o Ministério da Justiça (MJ) iniciava uma lição de casa urgente: consolidar as contribuições da consulta pública sobre o projeto de lei de Proteção da Dados Pessoais, que se encerrou em 30 de abril. Foram cerca de 800 propostas por internet, além de várias por outros meios. Danilo Doneda, responsável pelo texto no MJ, informou que será feita a triagem das questões levantadas e todos os órgãos do governo envolvidos com a regulamentação serão chamados para debater os pontos a serem alterados. Depois disso, o PL será encaminhado ao Congresso, pela presidência da República. Não há prazos definidos. Mas Doneda garante que o tema é prioridade no governo.
Fotos íntimas na internet? Se liga nessa roubada!
Uma moda que está bombando no exterior chega ao Brasil. Com graves consequências. Batizado de sexting (em inglês, sex + texting, ou, sexo + envio de texto), o fenômeno começou com o compartilhamento, entre adolescentes, de fotos e textos de conteúdo sexual, via mensagem de celular. Agora a “moda” chegou à internet. Em alguns casos, a publicação não tem o consentimento da vítima. Recentemente, no Rio Grande do Sul, uma adolescente concordou em ser filmada pelo namorado e depois de terminado o namoro as imagens foram distribuídas pela rede. Uma pesquisa feita em 2009 pela Safernet, organização não-governamental de defesa dos direitos humanos na internet, apontou que 12% dos jovens entrevistados admitiram ter publicado fotos íntimas na internet. “O jovem acha legalzinho e não pensa na exposição. E o pior é que depois essas imagens costumam ser usadas por redes de pedofilia”, alerta Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet.
Cresce número de brasileiros na internet
Em março deste ano, o Brasil contabilizou 43,2 milhões de usuários ativos, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Foi um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2010.
O instituto atribuiu a maior parte do crescimento ao aumento de computadores com internet nas residências. O total de usuários ativos de internet em domicílio cresceu 20,7%, passando para 35,1 milhões. O Ibope considerou como usuário ativo pessoas com dois anos ou mais de idade que utilizaram pelo menos uma vez, em março, computador com internet. Os dados do instituto apontam ainda que a evolução do uso da internet em domicílios ocorre nas conexões de maior capacidade, enquanto caiu a participação das conexões de até 512 kbps. O número de pessoas que usaram, em março, uma conexão residencial de mais de 8 Mbps, segundo o critério de aferição de banda larga adotado na pesquisa, foi de 1,9 milhão.
Negroponte batalha agora por um tablet educacional e barato
Um entusiasta das tecnologias educacionais a baixo custo, Nicholas Negroponte, do Massachussets Institute of Technology (MIT), está propondo, agora, o desenvolvimento de um tablet que custe 75 dólares. O pesquisador foi o idealizador do projeto Um Computador por Criança (OLPC, na sigla em inglês), implantado em alguns países, o Brasil inclusive, cuja meta é a difusão massiva de laptops para estudantes. O tablet educacional, de acordo com as especificações técnicas projetadas, deverá ter carcaça de plástico e tela com iluminação própria, para uso em ambientes escuros, e tinta eletrônica similar à dos livros eletrônicos, para uso externo. Negroponte está atrás de sócios, pois, ao contrário do projeto OLPC, o MIT não tem interesse em produzir os equipamentos.