A cidade histórica de Ouro Preto foi aescolhida para ser a sede da terceira edição do Encontro Mineiro de Software
Livre, entre 10 e 12 de outubro. A programação deste ano apresenta
novidades nas discussões e no público-alvo que, segundo os
organizadores, pretende-se o mais plural possível.
A programação busca atender interessados em discussões técnicas mas, ao
mesmo tempo, contemplar movimentos artísticos e culturais. “Queremos,
por exemplo, dialogar com o grafiteiro e ver como ele pode transportar
a arte do muro para o computador”, explica Adriano Goulart, da comissão
organizadora. O público mais envolvido com o desenvolvimento técnico
das plataformas abertas pode participar das oficinas de Debian (uma das
distribuições Linux), além de minicursos de shell script (linha de comando), com Júlio Neves, e Ajax + PHP (linguagens de programação), com Jefferson Otoni.
No outro eixo da programação, cerca de 40 debates, mostra de filmes
livres organizada pelo Cine Falcatrua, oficinas de MetaReciclagem e
discussões do Estúdio Livre. Entre os nomes já confirmados estão o
sociólogo Sérgio Amadeu e os docentes do departamento de Ciências da
Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Wagner
Meira, e da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Carlos
Frederico. Para fechar, no domingo acontece a Festa do 12, embalada
pelas tradicionais comemorações de Nossa Senhora do Pilar, padroeira de
Ouro Preto.
Apesar de dois eixos na programação, procura-se evitar “sectarização”
entre desenvolvedores e leigos. Ao contrário: “Esperamos que seja uma
reunião de várias coisas, aglomerando áreas diferentes para promover o
software livre, tanto filosófica como tecnicamente”, completa Goulart.
