HiperNovas – Pesquisa avalia Cultura Viva

A UERJ estudou os impactos culturais e as opiniões dos ativistas dos Pontos de Cultura sobre o programa.



Lançado em meados de 2004 pelo Ministério da Cultura, o programa 
Cultura Viva teve aprovação integral de seus participantes, os
ativistas dos Pontos de Cultura (69% responderam o questionário online).
É o que mostra uma pesquisa divulgada no fim de junho, realizada entre
dezembro de 2005 e abril deste ano, pelo Laboratório de Políticas
Públicas (LPP) da UERJ, em parceria com a SPPC/MinC.

Um dos objetivos do programa é ampliar o acesso a produtos culturais. E
a pesquisa revelou que 81% dos pontos desenvolvem ações na área de
difusão cultural, atendendo as populações carentes (57% dos
participantes moram em áreas rurais ou urbanas precárias) e, a maioria,
jovens: 97% têm entre 16 e 24 anos e 79% são oriundos do ensino
público. O acesso à internet é garantido em 45% dos pontos. Os livros
ainda estão em maior oferta: 62% contam com biblioteca.

“Precisamos formular, para o plano da cultura, algo que Paulo Freire
conseguiu formular de maneira extraordinária com a gramática da vida
cotidiana das classes populares: orientações para a educação cultural
dessas classes, em um projeto formulado por elas mesmas”, declarou Emir
Sader, coordenador do LPP. Ele definiu o Cultura Viva como o “mais
importante programa de cultura popular que o Brasil jamais teve”.