23/11/2010
Do Wireless Mundi
O governo do Pará assinou um convênio com o consórcio espanhol Isolux, que permitirá a ampliação do programa de inclusão digital NavegaPará, a partir do uso da rede de fibras ópticas da concessionária de energia – a empresa está implementando o sistema de energia elétrica para expansão do programa Luz para Todos na região Norte. De acordo com Renato Francês, presidente da Prodepa (Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará), o uso da rede da Isolux vai permitir cobrir áreas praticamente sem acesso a internet: de Tucuruí, no Sul do Pará, sai em direção a Ilha de Marajó, de onde segue para o Amapá; em outra frente, pela margem esquerda do Amazonas, liga o Pará com Manaus. “Com isso, teremos todo o estado coberto com infraestrutura de telecom”, diz Francês.
O convênio com a Isolux segue os moldes do acordo assinado pelo governo do Pará com a Eletronorte e que permitiu a expansão da infovia do governo para o interior do estado. A concessionária de energia cede as fibras e o governo constrói pequenas redes para levar o sinal da rede da concessionária e interligar os principais órgãos públicos (federais, estaduais e municipais), como escolas, hospitais e delegacias. Iniciado em 2007, o NavegaPará usa também a rede Metrobel, da Rede Nacional de Pesquisa (RNP).
Cidades digitais
Até o final do ano, a rede NavegaPará vai atender 60 municípios do estado, que cobrem cerca de 70% da população do Pará. Em todas as cidades onde a rede já foi implementada, o governo assina convênios de cooperação com as prefeituras, que podem se conectar pela infovia do estado. O serviço também fica disponível para as câmaras municipais, delegacias e centros de referência e assistência social. Em alguns casos, o acesso é levado também para escolas municipais.
No âmbito do estado, a infovia interliga as secretarias, as instituições de ensino federais e as estaduais e todas as escolas públicas mantidas pelo estado naquele município. O “pacote” de conectividade inclui sempre um ponto de acesso público (em geral com a antena instalada numa praça pública) e dois infocentros (até dezembro 200 infocentros estarão em funcionamento em todo o estado). A concepção do projeto também envolve a comunidade local. Os infocentros são instalados junto a entidades de classe — associação de moradores, paróquias, Corpo de Bombeiros, etc. Essa entidade constitui um comitê gestor, que passa a ser responsável pelo funcionamento do infocentro e pelos cursos ali realizados.
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