Inovação educativa é tema de seminário

Seminário da Fundação Telefônica apresentou pesquisa sobre inovação em educação com uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

 

16/06/2011

Aconteceu ontem (15), em São Paulo, o Seminário Fundação Telefônica de Inovação Educativa. Durante o evento, foram apresentados os resultados de uma pesquisa sobre inovação em educação com o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), realizada pela Fundação Telefônica, em parceria com o  Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa (IDIE), da  Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A coordenadora do IDIE, Márcia Padilha, explicou que a pesquisa procurou estabelecer conceitos sobre o tema. “Inovação é um processo social complexo, que envolve mudanças na forma de agir, de se relacionar, de produzir e de aprender”, afirmou ela, durante o seminário.

Além disso, a pesquisa procurou definir critérios e um modelo de análise de projetos educacionais, com a finalidade de identificar os que contêm inovação, em especial aqueles que fizessem uso de internet, celular, audiovisual e videogames. As fontes utilizadas foram sites governamentais, de organismos internacionais, organizações não-governamentais de educação e comunicação, iniciativas da sociedade civil, fundações, institutos e iniciativas sem fins de lucro, pesquisas acadêmicas, encontros e congressos, fóruns temáticos, perfis no Twitter, prêmios, além de consulta junto a especialistas brasileiros sobre indicações de projetos inovadores.

O estudo foi realizado em âmbito nacional, junto à educação formal brasileira nas esferas pública e privada, no ensino básico (fundamental e médio).Foram identificados 64 projetos inicialmente considerados relevantes. Destes, 26 foram caracterizados como realmente inovadores, de acordo com os critérios determinados pela pesquisa, que envolveram aspectos da qualidade na educação, da integração das TIC e das tendências tecnológicas, como entornos colaborativos, meios sociais, conteúdos abertos e tecnologias móveis, entre outros.

Projetos de vanguarda

Ao final, 11 projetos foram estudados de forma mais criteriosa e quatro foram considerados de vanguarda sendo objeto de discussão durante o seminário, juntamente a outras quatro experiências. São eles: Cartografias de Sentidos nas Escolas, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte; Fractal Multimídia: objetos de aprendizagem, do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, de Petrópolis, no Rio de Janeiro; Experimentação remota como suporte a ambientes de ensino-aprendizagem, desenvolvido em Araranguá, pela Universidade Federal de Santa Catarina; e Olimpíadas de Jogos Educacionais, da empresa Joy Street em parceria com o Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco.

Debate online

O Seminário Fundação Telefônica de Inovação Educativa contou com transmissão ao vivo pela internet www.inovacaoeducativa.com.br e participação via Twitter. Em duas mesas redondas, foram analisados os quatro projetos identificados como vanguarda pela pesquisa, além de dois projetos desenvolvidos pelo programa EducaRede, da Fundação Telefônica – a rede social Minha Terra e o Grupo Educar na Cultura Digital – e outros dois apoiados pela Vivo: Wikimapa, realizado pela Rede Jovem no Rio de Janeiro; e o Minha Vida Móbile, iniciativa cultural que acontece em cerca de 300 escolas de vários estados brasileiros.

“O importante é colocar o aluno como autor do projeto”, assinalou Guilherme Hartung, orientador tecnológico da Fractal. Já o responsável pelo Minha Vida Móbile, Wagner Merije, afirmou que o projeto procurou resignificar o uso do celular, que havia se tornado vilão em sala de aula, para o uso criativo. “Há muitas possibilidades de experimentação, de produção de conteúdos e emissão de opiniões, via celular”, disse ele.

(Com assessoria de imprensa)