UIT estabelece meta de dar acesso em banda larga a metade da população mundial até 2015

De acordo com relatório publicado hoje pela UIT, apenas 25% dos domicílios em todo o mun do têm acesso à internet.

25/05/2010
Da ONU

A União Internacional das Telecomunicações (UIT), agência da Organização das Nações Unidas especializada em telecomunicações, lançou nesta terça-feira um relatório (http://www.itu.int/publ/D-IND-WTDR-2010/en , versão em inglês) com a revisão dos progressos realizados para a criação de uma sociedade global de informação até 2015. A UIT pede grandes esforços nos países em desenvolvimento para objetivos e metas dos próximos cinco anos: dar acesso à internet em alta velocidade para 50% da população mundial até 2015; construir uma sociedade da informação inclusiva e global e desenvolver conteúdos e aplicações locais, principalmente por meio da digitalização de livros e documentos, para criar uma cultura digital.

O compromisso foi acordado entre governos durante a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, realizada em Genebra em 2003 e em Túnis em 2005.

O documento, apresentado na Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações, que acontece em Hyderabad, na Índia, mostra crescimento e evolução na área de tecnologia celular móvel.

Segundo o secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, hoje quase 90% da população global está coberta por uma rede celular móvel, incluindo áreas rurais e remotas.

A agência da ONU afirma que, em muitos países em desenvolvimento, linhas de telefone fixas são limitadas aos centros urbanos. Mas mais da metade das famílias rurais tem celular.

O relatório também ressalta que o número de usuários de internet mais do que dobrou desde 2003 mas pede mais esforços para o acesso à rede. De acordo com a UIT, 75% das residências possuem televisão e apenas 25% tem internet.

O texto cita a importância de investimento no acesso público à internet e à conexão rápida. No México, por exemplo, quase 40% das 7 mil bibliotecas públicas oferecem o serviço.

Apesar dos avanços, o documento conclui que grandes esforços serão necessários nos países em desenvolvimento para alcançar os objetivos e metas até 2015, como a ampliação do conteúdo online e aplicativos.