Vamos salvar o Jamendo

O site que oferece mais de 200 mil músicas para download gratuito está em dificuldades financeiras. Uma campanha mobiliza internautas para evitar que o Jamendo feche.

23/02/2010 – Criado em 2005 em Luxemburgo, o site Jamendo  – nome que vem de jam session + crescendo – abriga um acervo de mais de 200 mil músicas, distribuídas de forma legal, sob licença Creative Commons, com proteção dos direitos dos autores. As obras podem ser baixadas gratuitamente, sem limites, ou ouvidas em streaming. Os arquivos são colocados à disposição em redes peer-to-peer como eMule e BitTorrent.

Sob o lema “Descubra, escute e baixe”, a página tem cerca de 720 mil integrantes ativos, reúne aproximadamente 10 mil artistas, mais de 30 mil álbuns publicados e mais de 200 mil resenhas. Os conteúdos estão disponíveis em sete línguas, português inclusive, e os usuários podem avaliar os trabalhos mandando sugestões ou críticas pelo canal de discussão. Também é possível criar listas de reprodução e divulgação no Twitter e no Facebook.

Entre os artistas presentes no site, que oferece uma seleção das 100 canções mais ouvidas na semana, estão Josh Woodward, Wired CD, Tryad o Asthmatic Kitty Records.

Outra característica que se destaca é que o Jamendo dá chance para que os artistas ganhem dinheiro. Seja por meio de doação direta dos fãs ou por participação em 50% dos lucros com publicidade. Cada artista recebe de acordo com o número de visualizações de sua página, em relação ao número de visualizações de páginas de todos os artistas cadastrados.

O Jamendo tem um programa para empresas que queiram fazer uma exploração comercial das músicas, com dois focos de atuação: estabelecimentos públicos e projetos. As empresas podem, por exemplo, optar por utilizar uma música em suas ações de marketing, pagando uma taxa de 96 euros por ano. Ou contratar os artistas e as bandas para eventos ou para compor jingles.

Só que esse modelo negócio é de difícil sustentação e o site está em dificuldades financeiras. Busca uma fusão ou venda, para evitar o risco de sair do ar. Por isso, os internautas resolveram lançar uma campanha de apoio.