Lia Ribeiro Dias
14/03/2013 – Em solenidade realizada hoje, no Rio de Janeiro, a Microsoft entregou ao Colégio Estadual José Leite Lopes a placa comemorativa pela inclusão da escola entre as 33 mais inovadoras do mundo. Inscrita no programa de escolas inovadoras da Microsoft em 2010, a escola passou pelos dois primeiros estágios do programa e, recentemente, foi aprovada para o seu último estágio, o Innovative Schools World Tour.
Criado em 2008 pela Oi Futuro, o instituto de responsabilidade social da operadora, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e a PUC-RJ e instalada no prédio de uma central da Oi, na Tijuca, o Núcleo Avançado em Educação (Nave) se transformou em uma escola modelo de 2º grau, com ensino em período integral voltado para preparar os alunos para as profissões relacionadas com a comunicação em rede e a sociedade do conhecimento. Os alunos, a partir do segundo ano do 2º grau, escolhem uma das três áreas de especialização: Narrativas para Mídias Digitais, Multimídia e Programação de Jogos.
Tecnologia como meio
Durante a solenidade, o subsecretário de Educação do Rio de Janeiro, Antonio Neto, destacou a importância do colégio José Leite Lopes como referência para o ensino de 2º grau e disse que a parceria com o Oi Futuro, a primeira firmada pela Secretaria de Educação, foi tão bem sucedida que se transformou em paradigma. Ele anunciou que, até 2023, outras 75 escolas de ensino médio em tempo integral serão implantadas no estado dentro de uma parceria recém-firmada com o Instituto Airton Senna. Outros dois projetos já estão em implantação: um em parceria com a Embratel, como foco em telecomunicações e outro com o Consulado da França, com foco em gastronomia e francês.
Para o presidente da Oi Futuro, José Augusto da Gama Figueira, o Nave integrar as 33 escolas mais inovadoras do programa da Microsoft é o reconhecimento de uma parceria bem-sucedida, criada para preparar os jovens para as profissões do futuro, quando a escola foi idealizada, e que hoje já são profissões do presente. Mais importante que o uso da tecnologia como apoio à educação, Figueira disse que o ensino do Nave foi desenhado para formar cidadãos. Ou seja, a escola como um espaço onde o estudante aprende, além de estudar, a ser, a ouvir e a compartilhar.
Segundo Ana Paula Bessa, diretora do Nave-RJ, 90% das vagas da escola, que já formou cerca de 300 alunos, são reservadas a estudantes oriundos de escolas públicas, 5% a estudantes com deficiências e 5% a estudantes de escolas privadas. Dos alunos formados em 2012, 55% foram aprovados em vestibulares de escolas públicas e privadas. Além da Nave-RJ, o Oi Futuro mantém o Nave-Recife, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco e com o Laboratório Cesar.