16/07/09 – O Ministério das Comunicações deve assinar ainda este mês um termo aditivo ao contrato com a Embratel, para ampliar em mais 25% os pontos de conexão do Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão). A medida, prevista na Lei das Licitações (8666/93), aumentará de 12 para 15 mil os pontos de conexão via satélite.
O contrato com a Embratel – vencedora dos dois pregões realizados pelo Minicom no ano passado – foi assinado em 26 de agosto de 2008 e, até o momento, foram instalados 9.160 dos 12 mil contratados. “A implantação dos pontos de conexão está dentro do cronograma estipulado”, ressaltou o diretor do Departamento de Serviços de Inclusão Digital do Minicom, Heliomar Medeiros de Lima. A conclusão das instalações está prevista para o mês de setembro, mas pode acontecer antes disso. O contrato tem duração de quatro anos.
A ampliação de mais três mil pontos não resolverá a demanda já apresentada ao Gesac, principal fornecedor de conexões à internet para os programas públicos de inclusão digital.. Até 2010, serão necessa’rios mais sete mil pontos para o Programa Nacional de Apoio aos Telecentros, do governo, e mais 15 mil pontos para a ampliação do Programa de Telecentros Comunitários, do próprio Minicom, que vai licitar a aquisição de mais de 160 mil computadores nos próximos dias.
Diante dessa procura, o Departamento de Serviços de Inclusão Digital do Minicom prevê o lançamento de novo edital de licitação até setembro deste ano, para contratação de pelo menos mais 20 mil pontos. “A modelagem do processo licitatório está praticamente pronta, mas ainda faltam detalhes, como o número real de pontos e a velocidade da conexão, que precisam ainda de definição”, disse Lima.
Velocidade e tecnologia
Atualmente, a velocidade de conexão típica do Gesac é de 512 bps, mas chega a 4 Mbps em alguns pontos. A tendência é de que esta velocidade média aumente, em função das reclamações dos usuários. “O compartilhamento das conexões realmente reduz a velocidade de acesso, além de problemas técnicos, que estão sendo superados pela operadora”, informa Lima.
O aumento da velocidade representa mais custos, sobretudo se a conexão for por meio de satélite. Este é um outro problema para o processo de licitação. A maioria dos locais que serão contemplados com a conexão não tem endereço conhecido, o que dificulta a cotação pelas empresas do custo do serviço com uso de outras tecnologias, além do satélite.
“Nós estamos consultando os interessados na conexão não somente sobre o aumento das velocidades, mas também sobre a possibilidade de aumentar o máximo possível a indicação dos endereços, que permitiria conexões por via terrestre, por exemplo”, disse Lima. Ele garante que fará uma audiência pública para apresentar as características do edital, antes da licitação. (Do TeleSíntese)
