Lúcia Berbert
Do Tele.Síntese
09/02/2012 – O uso de rede elétrica inteligente (smart grid) para massificar a banda larga foi o tema da conversa entre o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da Aneel, Nelson Hubner, nesta quinta-feira (9), com a participação do presidente da Telebras, Caio Bonilha. Segundo Hubner, o projeto de P&D da rede foi concluído e até março serão criados grupos de trabalhos com representantes dos ministérios de Minas e Energia; das Comunicações; da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para estudar a integração de novas aplicações de forma a baratear os custos para o consumidor e, desse modo, acelerar a implantação do smart grid no país.
“Nós já íamos fazer isso porque a rede depende de sistema de comunicação para levar as informações do medidor da casa do consumidor para as centrais de gestão das redes”, disse Hubner. Ele informou que o levantamento de P&D concluído pela Aneel já inclui as necessidades de comunicações e que essa parte foi desenvolvida pelo CPqD. “Agora nós estamos reunindo os temas levantados para elaborar os relatórios finais, que serão apresentados aos ministérios”, disse.
Hubner disse que o projeto prevê investimentos e prazos para aplicações considerando diversos cenários, com projeções para além de 2025. Mas, atualmente, várias distribuidoras estão implantando projetos pilotos para testar as diversas tecnologias existentes. Ele citou o caso da Eletrobras, que está usando a sua rede em Parintins para compartilhar o medidor inteligente com o serviço de banda larga.Assim como o caso da Ampla, que implantará projeto em toda Búzios unindo eletricidade e banda larga.
O presidente da Aneel afirma que o compartilhamanto da infraestrutura com diversos serviços torna o sistema mais acessível. Assim como a utilização de redes de telecomunicações, como a de TV a cabo, pela distribuidora de energia como canal de comunicação do smart grid, facilita sua implantação. Hubner disse que, nos Estados Unidos por exemplo, as distribuidoras usam muito redes de comunicação via rádio.
Hubner afirmou que, até abril, a Aneel concluirá as especificações mínimas dos medidores do smart grid, já com a previsão de compartilhamento com serviços de telecomunicações, além de outras utilidades.
Outra discussão que terá ser travada, em uma segunda fase, será com a industria brasileira para fabricação dos equipamentos que serão usados. “Vai depender também da capacidade da indústria em produzir o medidor para dimensionar o prazo de implantação do smart grid no país”, disse.
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