Centro Integrado de Educação
Especial do Jardim Copacabana tem laboratório com computadores ligados
à internet, e pode atender a 500 crianças.
Os computadores ficam embutidos
nas mesas. Todo o mobiliário é
especial.
A prefeitura de São Bernardo inaugura, proximamente, o Centro Integrado
de Educação Especial do Jardim Copacabana, com capacidade para atender
500 alunos com necessidades especiais. O complexo envolveu um
investimento de R$ 4,7 milhões e já está em operação.
O Secretário Especial de Assuntos Voltados à Comunidade, Admir Ferro,
avalia que existam, em São Bernando, cerca de 3 mil crianças portadoras
de algum tipo de deficiência. Todas elas, diz ele, estão na rede de
ensino do município. “Não há nenhuma criança com deficiência que não
seja atendida”. Além do Centro do Jardim Copacabana, há um outro espaço
integrado – Marly Buissa, com um público também da ordem de 450 a 500
alunos; escolas especializadas (para deficientes visuais, auditivos,
etc.) e a prefeitura faz um trabalho de inclusão de deficientes em
escolas regulares, que inclui bolsas para os estudantes.
O Centro Integrado de Educação Especial Jardim Copacabana, com 5,7 mil
metros quadrados de área construída, foi todo planejado de acordo com
regras e normas de acessibilidade. Tem praça interna para atividades ao
ar livre, quadra coberta, piscina aquecida, salas para atendimento
especial (psicomotricidade, de estimulação, diagnóstico, arte, educação
profissional) e cozinha experimental. Diferente das demais unidades da
rede municipal de ensino, que só atendem até a quarta série, as escolas
para crianças com necessidades especiais cobrem o ensino fundamental
completo (até a oitava série).
Mobiliário adaptado
Os laboratórios de informática (conectados à internet) das escolas
mantidas pela prefeitura servem a todas as disciplinas e são
freqüentados pelos alunos uma vez por semana, no mínimo. Têm estrutura
e mobiliário diferentes da maioria dos laboratórios escolares. De
acordo com o secretário Admir Ferro, foram projetados sob medida para
atender ao programa educacional – com computadores embutidos nas mesas,
câmeras de vídeo e de fotografia digitais, televisão, e muitos
softwares educativos.
Por exemplo, conta Admir, as crianças trabalham com o Legodata, produto
composto de módulos encaixáveis e software, fabricado pela Lego (a
mesma dos brinquedos). É possível construir carros, empilhadeiras ou
outros objetos que, dotados de motores, são controlados pelos alunos a
partir do computador, remotamente. Nas escolas regulares, cada
laboratório conta com 18 máquinas, para turmas de 32 alunos; no Centro
Integrado de Educação Especial, como as turmas são menores, são oito
máquinas.
As escolas também contam com uma Biblioteca Interativa, equipada com
dois computadores conectados à internet e televisão (com videocassete),
para uso dos alunos e das comunidades. O projeto foi desenvolvido pelo
Departamento de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes da
USP. “A biblioteca tem uma porta para o corredor da escola e outra para
a rua. Ou seja, nos dias e horários que os diretores acharem
convenientes, a porta interna é trancada, e a biblioteca é aberta ao
público”, explica o secretário.