se responsabilizar pelos laboratórios de informática e estimular seu
uso por professores e alunos.
A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro vai selecionar 1,5 mil
professores para trabalharem como orientadores tecnológicos nos 646
laboratórios de informática das escolas fluminenses. Também vai
contratar 1,5 mil monitores, com bolsa de R$ 150,00 ao mês. Essas
pessoas serão responsáveis pelo funcionamento dos laboratórios, a
partir de agosto. Outros 50 professores pós-graduados serão contratados
para se juntar aos cem, que dão cursos aos professores para o uso da
informáticacomo instrumento pedagógico, inclusive com módulos
específicos para cada disciplina. Marina Esteves, subsecretária da
Educação, afirma que um dos principais pontos do projeto é a criação de
conteúdos para colocar toda a matriz curricular da secretaria dentro
dos laboratórios.
O Carmela Dutra, em Madureira, é uma das 646 escolas
estaduais do Rio onde há laboratório de informática.
De R$ 15 milhões investidos pelo Governo do Estado no Programa Estadual
de Informática Aplicada à Educação – 2005, cerca de 60% foram para
implantar 221 novos laboratórios e cerca de 40% para contratar e
capacitar pessoal. Das 1.842 escolas estaduais do Rio de Janeiro, 646 –
incluídas as novas – têm laboratório de informática. A prioridade da
secretaria não é ampliar esse número, e sim colocar os laboratórios
existentes para funcionar, explica Maria Adelaide Rodrigues,
coordenadora de tecnologia educacional. Laboratórios fechados e
computadores encaixotados “desesperam” essa profissional, que trabalha
com informática paraeducação desde 1997, quando entrou no Proinfo. “Sei
que não adianta colocar água em barril furado”, explica.
Os orientadores tecnológicos vão passar por cursos de capacitação
durante o mês de julho, no período de férias, e terão uma fomação
continuada. O objetivo da equipe de tecnologia educacional é que esses
professores sejam responsáveis por tudo o que trata de tecnologia para
educação nas escolas, inclusive internet e o uso dos equipamentos do
programa TV Escola, do Ministério da Educação, que envia antenas
parabólicas, tevês e equipamentos de DVD para a rede escolar.
A equipe da secretaria está debruçada sobre um grande mapa do Rio de
Janeiro, para enxergar as conexões das escolas à internet. Hoje, 87
contam com antenas do Gesac, programa do Ministério das Comunicações.
Antenas que estão na mesma região serão realocadas para onde não há
conexão. Além disso, a secretaria realizou um convênio com a Telemar,
para instalar conexões ADSL Velox. Hoje, já há 68 implantados, onde não
chega a Infovia da Proderj – outra rede de conexão, onde há cerca de 90
escolas conectadas. “Queremos conectar todas as escolas até o final de
2006”, afirma Adelaide.
Os novos laboratórios terão dez computadores cada. Ainda está em
avaliação a possibilidade de uso de máquinas thin client, o que
reduziria o custo do hardware. O software dos novos laboratórios será
exclusivamente Linux e, nas escolas onde já há salas funcionando, a
secretaria vai implantar o dual boot.