Da redação
04/04/2014 – A edição 97 da revista ARede já pode ser lida online. Desta vez, o assunto de capa é a internet das coisas. Fomos compreender a revolução por trás da conexão de todo e qualquer dispositivo. A miniaturiazação e barateamento da tecnologia já facilita a vida das pessoas, mas levanta uma questão séria que precisa ser respondida: o que será feito com os dados coletados pelas maquininhas conectadas, como a privacidade será assegurada, e é possível pensar modelos de internet das coisas que não representem uma exposição sem limites dos usuários?
A resposta recai sobre as soluções criadas com software livre e hardware aberto. Não é à toa que especialistas defendem o ensino de desenvolvimento com tecnologias abertas na escola.
A privacidade e liberdade na rede também é abordada na entrevista deste número. Demi Getschko, um dos pais da internet no Brasil, integrande do NIC.br, braço executivo do CGI.br, fala sobre os riscos a uma internet livre no mundo, propostas de governança e o que deve sair do NETmundial, encontro que trará representantes de países, empresas e sociedade civil de todo o mundo a São Paulo, no final do mês, para decidir qual rede queremos nos próximos anos.
Este número de ARede também traz novidades. Inauguramos duas seções: Siga Isso e Instala. Em Siga Isso, a editora Áurea Lopes destaca temas sobre os quais precisamos ficar atentos e que podem interferir na democracia e liberdade do mundo digital. Em Instala, reunimos aplicativos bacanas que podem ser usados livremente, ou a baixo custo, em smartphones.
Como habitual, temos reportagens para mostrar a situação da inclusão social a partir do uso da tecnologia da informação e comunicação. Fomos conferir como cidades do Sergipe estão usando a telepresença para aproximar especialistas da capital ao atendimento de pacientes no interior do estado.
Na Paraíba, o Pontão da Caatinga realizou amplo trabalho documental das tradições locais, mas precisou enfrentar muitas dificuldades e atrasos devido à burocracia e lentidão do Ministério da Cultura e apesar dos resultados, não pode concluir o projeto.
Para quem vem repensando a educação, explicamos o fenômeno do crowdlearning, que facilita o aprendizado entre os pares, altera o conceito de que o conhecimento deve ser repassado por um mestre formal a estudantes e transforma encontros em troca de saberes.
Nas colunas, Felipe Fonseca, Selma Bessa e Adriano Canabarro dizem o que pensam sobre a situação do software livre no Brasil, as redes de aprendência, e o papel de eventos como Senid (Seminário de Inclusão Digital) que acontece este ano pela terceira vez em Passo Fundo (RS). ARede estará lá, cobrindo em detalhes o evento. Até lá, boa leitura!
