ODF Alliance no Brasil

A primeira filial latino-americana da aliança em prol dos documentos de formato aberto (ODF) foi criada no país.


Muitas empresas sabem que modelos proprietários estão cada vez mais
perto do fim. Na prática, a digitalização da TV, por exemplo, vai
colocar em xeque o altíssimo custo que representa o licenciamento de
uso de inúmeros softwares
(cujo peso no produto final chega a ser de 75%), o que impediria
usufruir dos benefícios proprorcionados pela convergência de mídias. É
por isso que se multiplicam iniciativas dedicadas a estimular a adoção
de padrões abertos, como a ODF —Open Document Format Alliance (Aliança
ODF), que reúne mais de 370 entidades (instituições acadêmicas,
empresas, governos) no mundo para promover o uso e a disseminação de
formatos de documentos baseados em padrões abertos.

Desde 29 de março, o Brasil é o primeiro país da América Latina a
fundar a versão local da Aliança. A organização surgiu em março de 2006
nos EUA, e foi criada para dar ao setor público um maior controle e o
gerenciamento direto de seus próprios registros, informações e
documentos, por meio de uma especificação técnica para o armazenamento
de arquivos de uso comum. A utilização de documentos de formato aberto
representa a possibilidade de acesso total e intercambiável de arquivos
entre plataformas e aplicações, mesmo com mudanças tecnológicas. Ou
seja, é o caminho para melhorar o acesso do cidadão aos documentos
eletrônicos das várias esferas de governo. Hoje, ou daqui a 20 anos,
sem perigo de perda de informações por incompatibilidade de versão de
ferramentas, ou por dependência de suítes de softwares
proprietários. A IBM, Oracle, Red Hat e Sun foram das primeiras
apoiadoras desta iniciativa. No Brasil, o Instituto Nacional de
Tecnologia e Informática (ITI), o Ministério da Defesa e o governo do
Paraná já são membros da Aliança ODF.