Participação social é a palavra de ordem

27/11 – Lamentando falta de diálogo com Minicom, ativistas dizem que desafio é “recolocar o governo nos trilhos” da inclusão digital.

Áurea Lopes

27/11/2012 – Durante a apresentação da 11ª Oficina de Inclusão Digital, hoje, em Porto Alere (RS), vieram à tona as principais preocupações dos ativistas do setor, no momento: falta de interlocução com o órgão governamental que está à frente das políticas públicas de inclusão digital no país, o Ministério das Comunicações (Minicom); novos rumos na formação de novos monitores e gestores para os telecentros; o destino de equipamentos que esperam por ligação e por conexão à internet e podem ser objeto de denúncia do Ministério Público por desperdício de dinheiro, entre outras.

Vilmar Simion, da organização não-governamental Programando o Futuro, lembrou que o programa Telecentros.BR é fruto de um processo em que a comunidade foi ouvida, pautando o governo: “Hoje, o Minicom não quer nos ouvir. Mas é umacontadição, pois somos ouvidos pela Secretaria de Presidência da República”. Beatriz Tibiriçá, a Beá, afirmou que “se a sociedade não pressionar, não sai inclusão digital, não sai marco civil da internet”. Por isso, disse ela, “temos a participação social na cabeça e a nossa luta nas mãos”. Beá adiantou que a 11ª OID vai tirar uma carta com reivindicações e propostas para políticas públicas efetivas. Para Ricardo Fritsch, da Associação Software Livre (ASL), questões de fundo como o Marco Civil da Internet vão permear todos os debates da Oficina.

Paulo Lima, do Projeto Saúde e Alegria, lembrou quem em doze anos de mobilização social pela inclusão digital, desde a primeira OID, houve conquistas concretas: “O novo estatuto do Comitê Gestor da Internet, por exemplo, é resultado do ativismo que se formou e se reúne há anos”. Outra representante da Programando o Futuro, Silvana Lemos reforçou a necessidade de retomada do diálogo aberto no governo Lula.

Presente na cerimônia de abertura oficial da OID, Rogério Barbosa, diretor do Departamento de Articulação e Formação da Secretaria de Inclusão Digital (SID), garante que há disposição do governo para o diálogo. “Temos que considerar que a secretaria é nova e passa por uma transição, com mudança de equipe e criação de novas frentes de políticas públicas”.

Barbosa contou que o programa Telecentros.BR não está parado e todas as unidades repactuadas com os proponentes devem estar com as máquinas instaladas até meados de janeiro. “Depois disso, vamos começar o cronograma das conexões. Mas o que nós queremos é mudar a agenda. Sair dessa fase de entrega de infraestrutura e começar a pensar em conteúdos, processsos e metodologias de inclusão digital”.

Participação social é a palavra de ordem

 

27/11 – Lamentando falta de diálogo com Minicom, ativistas dizem que desafio é “recolocar o governo nos trilhos” da inclusão digital.

 

27/11/2012 – Durante a apresentação da 11ª Oficina de Inclusão Digital, hoje, em Porto Alere (RS), vieram à tona as principais preocupações dos ativistas do setor, no momento: falta de interlocução com o órgão governamental que está à frente das políticas públicas de inclusão digital no país, o Ministério das Comunicações (Minicom); novos rumos na formação de novos monitores e gestores para os telecentros; o destino de equipamentos que esperam por ligação e por conexão à internet e podem ser objeto de denúncia do Ministério Público por desperdício de dinheiro, entre outras.

 

Vilmar Simion, da organização não-governamental Programando o Futuro, lembrou que o programa Telecentros.BR é fruto de um processo em que a comunidade foi ouvida, pautando o governo: “Hoje, o Minicom não quer nos ouvir. Mas é umacontadição, pois somos ouvidos pela Secretaria de Presidência da República”. Beatriz Tibiriçá, a Beá, afirmou que “se a sociedade não pressionar, não sai inclusão digital, não sai marco civil da internet”. Por isso, disse ela, “temos a participação social na cabeça e a nossa luta nas mãos”. Beá adiantou que a 11ª OID vai tirar uma carta com reivindicações e propostas para políticas públicas efetivas. Para Ricardo Fritsch, da Associação Software Livre (ASL), questões de fundo como o Marco Civil da Internet vão permear todos os debates da Oficina.

 

Paulo Lima, do Projeto Saúde e Alegria, lembrou quem em doze anos de mobilização social pela inclusão digital, desde a primeira OID, houve conquistas concretas: “O novo estatuto do Comitê Gestor da Internet, por exemplo, é resultado do ativismo que se formou e se reúne há anos”. Outra representante da Programando o Futuro, Silvana Lemos reforçou a necessidade de retomada do diálogo aberto no governo Lula.

 

Presente na cerimônia de abertura oficial da OID, Rogério Barbosa, diretor do Departamento de Articulação e Formação da Secretaria de Inclusão Digital (SID), garante que há disposição do governo para o diálogo. “Temos que considerar que a secretaria é nova e passa por uma transição, com mudança de equipe e criação de novas frentes de políticas públicas”.

 

Barbosa contou que o programa Telecentros.BR não está parado e todas as unidades repactuadas com os proponentes devem estar com as máquinas instaladas até meados de janeiro. “Depois disso, vamos começar o cronograma das conexões. Mas o que nós queremos é mudar a agenda. Sair dessa fase de entrega de infraestrutura e começar a pensar em conteúdos, processsos e metodologias de inclusão digital”.