1/12/2010 – Reconhecidas como importantes pontes para a inclusão digital no Brasil, as lan houses têm um desafio para o curto prazo. Com a crescente universalização das conexões e a popularização dos preços dos equipamentos, não é mais suficiente oferecer acesso aos usuários. Para continuar existindo e ganhar sustentação, as lan houses precisam ir além dos jogos eletrônicos, diversificando a oferta de conteúdos e serviços. “As lan houses têm de ampliar sua relevância local. Os telecentros são uma referência, pois são ricos em serviços. Esse é o caminho”, alertou Winston Oyadomari, analista do Centro de Estudos das Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic.br), que conduziu a pesquisa TIC Lan Houses, divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), por meio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O estudo do CGI.br, que reúne entrevistas com proprietários de 412 estabelecimentos, em 120 municípios, apontou que 80% dos negócios são familiares – 97% têm até 3 funcionários e dois em cada três têm até dez estações de trabalho. Outro indicador de informalidade é que 44% compartilham o espaço físico com outras atividades – comércio de informática e assistência técnica (29%), bomboniere (23%), lanchonete (21%) e gráfica ou copiadora (21%). Esses dados, na opinião de André Barbosa, do Cetic.br, levam a crer que muitas lan houses devem utilizar a estrutura jurídica de empresas constituídas em outros setores para garantir sua situação legal.
Entre um público predominantemente jovem, e que se declara sem computador (81%) ou sem internet (75%) em casa, os jogos ainda constituem a principal demanda (42%), seguida de serviços de impressão (19%). Pelas declarações dos gestores, porém, existe um grande potencial a ser explorado no setor: 63% desejam expandir a quantidade de máquinas e 62% gostariam de aumentar a variedade de serviços.
Veja a pesquisa completa em www.cetic.br