15/07/2011
2. O preço limite é de R$ 35,00. Em estados que isentam o ICMS do serviços de banda larga, esse valor cai para menos de R$ 30,00.
3. A velocidade mínima é 1 Mbps, mas não há definição de limites de upload ou download. Cada operadora define o seu.
4. Existe um cronograma de cidades a serem atendidas e aumento da velocidade mínima. Está no site do Ministério das Comunicações.
5. A Anatel vai publicar, até o final de outubro, um Regulamento de Qualidade que vai estabelecer quanto, dos 1 Mbps mínimos, as operadoras têm que garantir efetivamente aos usuários. Hoje, esse número fica em torno de 10%. Fala-se em ir para, no mínimo, 30%.
Sabendo isso, a próxima pergunta é: por que a oferta das operadoras tem limite pequeno de download e porque eles variam tanto? Porque elas não querem que os usuários comprem planos de 1 Mbps mais baratos, quando já estão oferecendo pacotes mais caros para esta velocidade, e há clientes que compram. Chamam isso de “não canibalizar as demais ofertas”.
Não é por outro motivo que a Telebrás, quando fez sua oferta de capacidade para as operadoras e para pequenos provedores, também dentro do PNBL, não definiu os limites de download e upload no protocolo de adesão ao PNBL que assina com seus clientes. “Não queremos interferir no modelo de negócios do provedor”, esclarece Caio Bonilha, presidente da estatal. Ele informa que o que está definido é a velocidade de 1 Mbps, o preço teto de R$ 35, além da recomendação de garantia mínima de 20% da velocidade contratada e de 60%, em média. “Como a Anatel ainda não editou o regulamento de qualidade, estamos fazendo uma recomendação, com base nos resultados da pesquisa de qualidade feita pelo Inmetro, CGI e Anatel”, informa Bonilha.
Embora a Telebrás não tenha estabelecido para seus clientes, que vão atender ao usuário, os parâmetros de download e upload, a avaliação de seus técnicos é de que limite de download de 500 MB é suficiente para um usuário iniciante no serviço de banda larga. “Esse limite é pouco para um heavy user de conteúdo multimídia, mas o banda larga popular está dirigida a famílias que não podiam ter acesso ao serviço em função do preço e não aos heavy users”, lembra Bonilha. Mas somente a Embratel oferece 500 MB de download, na Baixada Fluminense.
Uma franquia de 500 MB só permite baixar uma parte de um DVD, que usualmente tem capacidade de pouco menos de 5 GB.A capacidade usual de um CD é da ordem de 700 MB. A Oi vai concentrar sua oferta da banda larga popular na conexão fixa (sua rede 3G cobre pouco mais de 200 municípios) A Oi vai atender 4,2 mil cidades pela rede de cobre). “Como o plano de banda larga popular é um plano de ingresso na internet, seu usuário ainda não é um grande consumidor de banda. Ele vai usar o e-mail, fazer pesquisa, baixar alguma coisa do YouTube, frequentar um chat de redes sociais. Para isso, o limite de 500 MB, que em 2013 subirá para 1 GB, é suficiente”, diz um técnico que trabalhou na definição do produto. Com esse limite, segundo ele, é possível a empresa administrar esse produto, sem provocar grande impacto na base de usuários de banda larga que a operadora já tem.
Já a Telefônica, que atua num estado muito mais rico e com forte penetração da banda larga, optou por atender o PNBL com uma oferta concentrada na rede móvel da Vivo. Fez isso para não canibalizar sua rede fixa, onde a banda larga é vendida casada com a linha telefônica, ao preço médio (nas promoções) de R$ 70 mês por 1 Mbps. Também há possibilidade de fazer oferta casada (no PNBL). Desde que a operadora ofereça também a banda larga sozinha. E esse pacote não poderá custar mais de R$ 65. Portanto, praticamente não haverá redução, em São Paulo, na banda larga fixa, situação muito diferente do cenário na área da Oi. Na rede móvel, a oferta da Vivo até dois meses atrás para 1 Mbps e limite de 1 GB de download era de R$ 99. Agora, pela mesma velocidade, o usuário vai pagar menos de 1/3, o que explica a operadora ter colocado um limite de download tão baixo de 150 MB. (Com informações do Tele.Síntese Análise)