29/06/2011
Do Tele.Síntese
É possível que o anúncio e publicação do novo Plano de Metas de Universalização (PGMU) e a oferta “voluntária” de banda larga mais barata fiquem postergadas. Pelo menos, esta é a avaliação dos executivos das concessionárias que negociam com o Ministério das Comunicações as novas exigências estabelecidas pelo governo na noite de ontem e na manhã de hoje. Conforme os executivos, que se dizem surpreendidos com o que foi apresentado, o nível de qualidade que está sendo exigido pelo Palácio do Planalto está acima de qualquer métrica internacional. “O governo está exigindo acima do razoável”, afirmou um executivo.
Conforme a proposta apresentada hoje pela manhã – no último dia em que se poderia fechar um acordo, tendo em vista que amanhã, 30, expira o prazo do adiamento do PGMU previsto pela Anatel – o governo quer que as empresas assumam o compromisso de ofertar disponibilidade de banda mínima de 40% em 2015 e média de 70% também dentro de cinco anos, além de garantias mínimas, com multas pesadas para os próximos anos. “A rede do celular, que participará fortemente na oferta de banda larga popular das operadoras só consegue dar uma garantia real de 10 a 15% da disponbilidade de banda”, assinala executivo.
Aumento de velocidade
Mais do que chegar em 2014 com uma oferta “voluntária” de banda larga de 5 Mbps, conforme quer a presidente Dilma Rousseff, as operadoras não estão nem um pouco confortáveis com a posição do governo, também melhor detalhada na reunião de hoje de manhã, de que em 24 meses as empresas terão que aumentar a oferta para 2 Mbps, mas manter o preço de R$ 35,00. No caso dos 5 Mbps, o governo admite que a oferta pode ser com outro valor. Para as concessionárias, porém, este preço a essa nova velocidade pode ferir o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
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