Política da banda larga será decidida por Lula no próximo dia 24

Depois de aprovadas pelo presidente, diretrizes do plano serão discutidas em um fórum público para, entre outras coisas, realizar uma pactuação entre estados, municípios e governo federal.

16/11/09 – O assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, anunciou hoje que no próximo dia 24 será entregue ao presidente Lula a proposta do Plano Nacional de Banda larga formulado pelo grupo técnico. Segundo Alvarez, depois de aprovadas por Lula, as diretrizes serão lançadas para a discussão de toda a sociedade e administratores estaduais e municipais.”Faremos um fórum de discussão pública para uma pactuação federativa”, afirmou ele. Ele salientou, contudo, que o problema da banda larga no Brasil – que ele avalia continua lenta, cara e concentradora – não pode ser visto apenas como uma questão tributária. “É preciso ampliar a cobertura, diminuir o preço e aumentar a capacidade”, completou.

Alvarez afirmou ainda, durante seminário promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, que o governo irá fazer uso das de seus ativos de fibras ópticas (21 mil quilômetros da rede da Eletronet e da Petrobrás) para ampliar a competição no país e também para prestar o serviço nos locais onde as empresas privadas não têm interesse em atuar. Salientou que  entre as questões que estão sendo analisadas pelo grupo que formula as diretrizes é o compartilhamento de todas as redes, seja sob a forma de  unbundling ou sob a forma de separação estrutural ou funcional. “Nós  queremos organizar e estimular a demanda pública e privada”, ressaltou.

“Devemos elaborar um projeto de Nação, e não de governo”, completou.  Alvarez assinalou que a banda larga no Brasil é desigualmente cara (em Manaus, uma conexão de 200K custa R$ 119,00, o preço cobrado por 6 Mbps em São Paulo). Assinalou ainda que 40% de todas as conexões estão concentradas no estado de São Paulo e 80% nas regiões Sul e Sudeste do país. O assessor da Presidência da República assinalou ainda que as diretrizes trarão propostas de nacionalização e adensamento da cadeia  produtiva do setor. (Por Miriam Aquino, do Tele.Síntese)