As boas práticas públicas
Anuário conta como estão os projetos e programas de governo
ARede nº76 dezembro de 2011 – Na cerimônia do Prêmio ARede 2011 também houve o lançamento da terceira edição do Anuá- rio ARede de Inclusão Digital. Nesta edição, o anuário traz os projetos das três esferas de governo – municipais, estaduais e federal. Em um inédito e exclusivo trabalho de reportagem, os dados levantados indicam que a oferta de pontos públicos de acesso à internet e de alfabetização digital dos usuários avançou muito, embora algumas redes estaduais tenham posto o pé do breque e mesmo desativado unidades. Falta qualificar os projetos como espaços de inclusão social, de formação autônoma dos alunos e de desenvolvimento do protagonismo.
A edição atual, que faz uma comparação com as informações obtidas no primeiro Anuário ARede de Inclusão Digital, de 2009, identificou mudanças em nível federal: deu-se um passo importante em direção à construção de uma política unificada de formação dos gestores e monitores das unidades de inclusão digital e de gestão das redes federais próprias ou desenvolvidas em parcerias com estados, municípios e entidades da sociedade civil.
No âmbito dos estados, muitos deixaram de fazer novos investimentos em seus programas de inclusão digital, à espera de bolsas para os monitores previstas no Telecentros.BR ou da doação de equipamentos e infraestrutura. Se parte das redes estaduais deixou de receber investimentos – algumas até desativaram unidades e outras suspenderam o pagamento a monitores–, os programas de capitais avançaram, como novas unidades e novos projetos. E os estados que não deixaram de investir em seus programas de inclusão digital têm canalizado os recursos para lhes dar maior qualidade, seja na formação dos monitores seja na ampliação da oferta de serviços aos alunos e à comunidade do entorno do telecentro.
Outro destaque do Anuário ARede é a tendência à formação mais instrumentalista, com ênfase na preparação para o mercado de trabalho. O estado do Paraná, um dos pioneiros no desenvolvimento de um programa público de inclusão digital – o Paranavegar foi criado em 2003 –, é um dos que deu uma guinada nessa direção, seguindo o exemplo do município de São Paulo, que tem concentrado esforços, des- de a gestão José Serra, em pre- parar os alunos dos telecentros para atender à demanda imediata dos possíveis empregadores.
As reportagens completas sobre os programas públicos estão disponíveis no site ARede Online, para acesso e utilização livres, pois todo o conteúdo da publicação está sob licença Creative Commons 3.0-By-SA, com exceção das imagens, cujos direitos pertencem aos autores.