Rafael Bravo Bucco
03/12/2012 – O projeto Telecidadania corre risco de parar de funcionar em duas semanas. O motivo é a falta de pagamento por parte da prefeitura de Guarulhos à Linkcom, empresa terceirizada responsável pelos agentes de inclusão digital que atuam nos telecentros. Segundo a empresa, a prefeitura não faz repasses há 14 meses, alegando falta de caixa.
“A gente vem bancando o programa todo esse tempo”, diz Eric Geraldo, gerente de contratos da empresa. Sem dinheiro, a solução encontrada foi demitir todos os técnicos em informática que atuam como agentes de inclusão digital no projeto, mais de 50 pessoas.
Segundo Luiz Jacometi, gestor do departamento de informática e telecomunicações, pasta responsável pelo Telecidadania, a prefeitura luta para evitar uma interrupção no programa: “Vamos nos esforçar para que isso não aconteça. A questão maior é o não pagamento da empresa, que não recebe há 14 meses. A gestão pública tem de achar uma alternativa para manter o programa, que tem consequências positivas para a população”.
Tudo indica que a interrupção será inevitável. Conforme o aviso prévio, o contrato dos agentes de inclusão (cargo equivalente ao de monitor) se encerra dia 16 de dezembro, assim como o contrato da Linkcom com a prefeitura.
O programa Telecidadania abriga 25 telecentros, onde são ministrados cursos de inclusão digital. Somente este ano, capacitou mais de mil pessoas para o uso de computador.
Os agentes de inclusão já se mobilizam para conseguir uma audiência com o prefeito Sebastião Alves de Almeida (PT) até quarta-feira (5). Está marcada para as 10h desse dia uma mobilização diante do Paço Municipal de Guarulhos.
A reportagem de ARede tentou contato com o prefeito de Guarulhos. A assessoria de imprensa informou que um pronunciamento sobre o assunto só será possível amanhã, terça-feira (4).