“Governo não negocia com espada no pescoço”, disse Alvarez, ao criticar ações das teles na justiça.

SindiTelebrasil afirma que as teles podem recuar ou não, a depender dos avanços no PGMU III.

Do TeleSíntese

O coordenador do programa de inclusão digital do governo Lula, Cezar Alvarez, voltou a criticar hoje as concessionárias de telecomunicações, que, por intermédio do SintiTelebrasil, ingressaram na justiça contra a criação da Telebrás. “O governo não negocia com a espada no pescoço e não o fará com qualquer concessionária”, afirmou ele, durante o encerramento do 3º Fórum Brasil Conectado.

O Presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, presente ao fórum, declarou ao Tele.Síntese que as concessionárias estão sendo convocadas pelo Palácio do Planalto para discutir as metas de universalização, e aguarda uma posição das empresas para saber se o sindicato irá ou não retirar as ações. Ele ressaltou, no entanto, que as concessionárias também não gostam de judicializar os temas regulatórios do setor, mas foram forçadas a isso, devido à grande distância que existe entre a proposta da Anatel e realidade do setor.

Em síntese, as empresas querem novas fontes de recursos para implementar as novas metas de universalização da telefonia rural e não aceitam que o backhaul construído com seus próprios recursos passem a fazer parte da rede pública do serviço de telefonia fixa.

Alvarez, por sua vez,voltou a a criticar a posição das empresas, no que se refere ao bakchaul. Para ele, não existe o serviço de telecom sem a infraestrutura, e ressaltou: “Telecomunicações são serviço público, e política essencial do Estado”.