Que informações tornar públicas na internet?

O debate sobre acesso de grandes empresas a informações de seus usuários ganhou corpo na semana passada, com protestos contra o Google e o Facebook.

18/05/2010

Na semana passada, de acordo com o El País, o Google admitiu que recolheu dados pessoais, sem permissão, desde 2007, na criação de  seu arquivo de fotos de ruas, o StreetView. A empresa divulgou na sexta-feira, em seu blog oficial, que os automóveis usados em todo o mundo para fotografar as ruas rambém capturaram dados de correios eletrônicos e outras informações que foram enviadas em redes sem fio não protegidas por senhas.

Até então, o Google havia negado isso. Seu vice-presidente, Alan Eustace, atribuiu a compilação de dados a um erro e assegutou que eles serão destruídos “o quanto antes” e que a empresa não vai mais recolher informações nas redes wifi com as quais se conectar. O Facebook também enfrenta críticas, por ter feito alterações automáticas e não autorizadas nas configurações de privacidade de seu serviço.

“Neste caso, o que está em discussão é como configuramos a nossa presença neste novo mundo — que informações queremos tornar públicas, a quem, e quando. Algo comparável com a roupa que escolhemos para vestir em cada situação de interação no ‘mundo analógico’. A pergunta é: a prerrogativa de formatar as nossas escolhas online deve estar à cargo de uma empresa?”, escreveu José Murilo Jr. no blog do Fórum da Cultura Digital.BR. O artigo está aqui, e vale a pena dar uma olhada, para começar a criar um senso crítico sobre como as “redes sociais” e as empresas online tratam as informações que colocamos na rede.