raitéqui > a tecnologia ao seu alcance
ARede nº 98 – maio/junho de 2014
Vigiai parlamentares capixabas!
O Tela Cidadã é um aplicativo que levanta a ficha de políticos do Espírito Santo: qual deputado federal do estado mais gastou com telefone, quem usa mais os correios, entre outros dados. Foi desenvolvido no Núcleo de Cidadania Digital (NCD) da Universidade Federal do Espírito Santo, a partir de ideia do professor Roberto Garcia Simões. Mantido por estudantes de engenharia da computação, elétrica, economia, estatística e comunicação, usa informações disponíveis em formatos abertos ou que possam ser lidas por máquina, e roda em qualquer navegador.
Software para aprender guarani
Jejaporâ Guaraní quer dizer “programa guarani”. Por isso, foi escolhido para dar nome ao software multimídia que auxilia a aprendizagem da língua falada por mais de 5 milhões de nativos da América Latina. Desenvolvido pela Universidad Nacional del Nordeste, da Argentina, o programa já foi implantado com sucesso em escolas. E pode ser usado por qualquer pessoa interessada em conhecer a língua, a cultura, a história e a escrita guarani. A universidade, que patenteou o software , procura parceiros investidores para viabilizar a distribuição a instituições de ensino.
Microfone inteligente ca
pta o som ao redor
Um dispositivo com capacidade de “escutar” sons como de arrombamento, vidros quebrando, disparos de armas, acidentes domésticos, batidas de veículos e quedas de pessoas ao solo está sendo desenvolvido por pesquisadores do Recife (Pernambuco), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Realizado pela Daccord, o Projeto Microfone Inteligente Conectável (MIC) deverá estar no mercado em dois anos, mas o protótipo já está sendo apresentado a potenciais clientes. O equipamento poderá ser utilizado na área de segurança (para identificar assaltos, brigas, acidentes), na área de saúde (para identificar quedas, gemidos e pedidos de socorro).
Sem distorções
Bactérias, fungos e protozoários costumam dar trabalho aos biomédicos. Sob as lentes dos microscópios, os profissionais enfrentam dificuldades como falta de foco da imagem, mudança de cor e alterações no formato dos micro-organismos. Para minimizar os problemas, o cientista da computação Danillo Roberto Pereira, desenvolveu, no Instituto de Computação (IC) da Unicamp, um software que alcançou taxa de acerto de 70% nas análises, considerada “excelente” pelo autor do trabalho. Por meio de um modelo matemático, o programa recupera a pose (posição, tamanho, rotação e possíveis deformações) dos organismos.
Ciência aberta, questões abertas
Está aberta a chamada de propostas para oficinas do encontro Ciência Aberta, Questões Abertas, que vai acontecer de 18 a 20 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ). A proposta do evento é estimular pesquisas abertas, dentro de qualquer tendência e em diversos formatos: publicações, dados, ferramentas (software, hardware, wetware), cadernos abertos, wikipesquisas; para educação, para ciência cidadã (participativa, amadora, crowdsourcing), para avaliação (altmetrics), entre outros temas. Propostas de oficinas podem ser enviadas para: encontro2014@cienciaaberta.net.
Celulares à prova da NSA
Um esquema de ultra- segurança, que poderia chegar à criptografia quântica em dispositivos móveis, foi desenvolvido e demonstrado, no Reino Unido, por pesquisadores da Universidade de Bristol, em parceria com a Nokia. O esquema se baseia no protocolo que permite a troca de informação quântica robusta em um ambiente instável. Uma pesquisa publicada na última edição da revista Physical Review Letters informa que o sistema usa fótons como o portadores de informação e circuitos quânticos integrados desenvolvidos na universidade. Esses minúsculos microchips poderiam dar origem aos primeiros aparelhos celulares à “prova da NSA” – a National Security Agency, mais conhecida como a agência de bisbilhotagem estadunidense.
Japão planeja usina solar espacial
A agência de exploração espacial do Japão propôs uma solução para atender a sempre crescente demanda por energia elétrica do país: instalar uma usina solar na órbita da Terra. Diversos painéis fotossensíveis, que absorvem a luz do Sol, seriam espalhados no espaço. Enviariam, por meio de micro-ondas, a energia coletada a um ponto no solo. A agência afirma ser capaz de demonstrar a tecnologia até 2020, e montar uma usina do tipo até 2030. A alternativa seria mais segura que a nuclear. Em 2011, um terremoto causou vazamento de radiação atômica da usina de Fukushima, o que acelerou para a busca por alternativas mais seguras.
