Animação sem complicação
O Muvizu é um software para produções em 3D que pode ser usado mesmo por quem não tenha conhecimento aprofundado de técnicas de animação. O programa oferece diversos cenários prontos para serem usados e nove personagens pré-caracterizadas, que podem ser editadas e customizadas. Gratuito, está disponível para baixar. Mas só roda em sistemas proprietários. Os criadores – que dizem “infelizmente não ter conseguido fazer o programa rodar em Linux” – convidam desenvolvedores a colaborar para construir a versão em software livre.
www.muvizu.com
Doutor a distância
Grande aliada da medicina, a tecnologia permite avanços imensuráveis para tratamentos e diagnósticos. O cardiologista Hervaldo Sampaio Carvalho, do Hospital Universitário de Brasília, criou um sistema que permite ao médico monitorar seus pacientes a distância, a partir de um netbook com conexão sem-fio. Chamado Body-Worn, funciona com cinco sensores colocados no corpo do paciente. O sensor de eletrocardiograma avalia a frequência cardíaca e diagnostica doenças no pericárdio, isquemia e arritmia. Outros dois são chamados de acelerômetros, responsáveis por identificar se a pessoa está em pé ou sentada. O quarto é o oxímetro de pulso, que mede frequência e ritmo cardíacos, saturação de oxigênio, fluxo sanguíneo e umidade de pele. O último sensor mede a temperatura do corpo.
http://va.mu/Fteq
Do papel para a tela. Sem escanear.
A empresa japonesa Wacom vai lançar em breve, nos Estados Unidos, a caneta Inkling, que transfere os traços feitos em papel para telas digitais. O sistema funciona assim: um sensor instalado na superfície da página capta os registros feitos pela caneta. Por meio de um cabo de dados, a imagem é transmitida do sensor para o computador. Sem necessidade de escanear. Estima-se que a caneta chegue ao mercado por cerca de 200 dólares. Um vídeo no YouTube, em inglês, mostra a tecnologia.
http://va.mu/F2mr
Tizen: a nova aposta da Intel e DA Samsung
A Linux Foundation e a Limo Foundation estão trabalhando em conjunto na construção um novo sistema operacional para dispositivos móveis, chamado Tizen, que uniria os esforços já feitos em prol do MeeGo e Limo. O projeto tem apoio da Intel e da Samsung.
O foco é a internet para tablets, smartphones, netbooks e sistemas embarcados inteligentes.
Os desenvolvedores planejam um lançamento inicial no primeiro trimestre do próximo ano.
O HTML5 também terá um grande espaço nesse projeto, que, ao que parece, trará aplicativos escritos nesse formato. A proposta vai aumentar ainda mais a competição entre os mercados, www.tizen.org
Navegação inteligente
Cada vez mais sofisticadas, as interações entre usuários da internet começam a inspirar novos recursos e serviços. Como a plataforma JamSession, baseada em conceitos e técnicas de inteligência artificial, cuja proposta é mediar e coordenar serviços digitais, com agentes virtuais autônomos, capazes de reagir às ações dos internautas. Criado pela Universidade de São Paulo (USP), com apoio do Instituto Virtual Fapesp-Microsoft Research, o ambiente, voltado a desenvolvedores, foi construído em código aberto e tem uma versão já disponível para download gratuito. De acordo com os pesquisadores, a plataforma pode ser usada na construção de soluções para governo eletrônico, para apoio a pessoas com necessidades especiais e para gerenciamento de situações de emergência, entre outras aplicações.
http://lidetjamsession.wordpress.com
Perigo à vista
Games de código aberto foram utilizados no processo de desenvolvimento de um dispositivo para chamar atenção de motoristas sobre uma possível colisão. Se comercializado, o sistema deve melhorar as estatísticas – que mostram que grande parte das ocorrências acontece por falta de atenção humana. Criado pelo engenheiro Eduardo Bertoldi, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o alarme funciona com sensores instalados nas laterais do carro. Podem ser detectados veículos em pontos cegos, a 20 metros de distância. Os games ajudaram a testar as reações dos condutores e coletar informações para definir as funcionalidades do sistema.
www.usp.br/agen/?p=73220
Publicado na revista ARede, nº 74, outubro de 2011.
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