Raitequi – Tecnologia ao seu alcance

Ning passa a cobrar
pelo serviço…

ARede nº58 maio/2010 – A rede social da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) no Centro-Oeste, criada dentro do serviço Ning, tem 500 participantes e gerou, no mínimo, 20 outras redes. Foi uma das surpreendidas, no início de maio, quando o Ning anunciou a interrupção dos serviços gratuitos 30 dias após o lançamento de pacotes pagos de serviço, em julho. “Os atuais participantes foram os divulgadores da rede, trouxeram seus contatos, potencializaram a existência da rede e agora são compelidos a pagar, sob ameaça suspensão do serviço”, indigna-se Joaquim Carlos, integrante da rede da Abraço. Vários grupos vão migrar para ferramentas como o Noosfero e o WordPress, conta Joaquim. Outra alternativa, brasileira, é a rede Peabirus. O Ning é usado também pelo Movimento Marina Silva Presidente, pela Raio Brasil (rede de apoio a lan houses) e pelos telecentros rurais Gemas da Terra. Criado há dois anos, o serviço oferece ferramentas para a formação de redes sociais.


… depois de arrebanhar
milhões de usuários.

É como disse Joaquim: depois de conquistar milhões de usuários, a empresa decidiu virar o jogo e priorizar o retorno a seus investidores. Que aplicaram, de acordo com a revista Info Exame, US$ 120 milhões em capital de risco na empresa. Dentro do Ning, há cerca de um milhão de comunidades, também de acordo com a Info Exame, mas o foco, agora, são os usuários pagantes, responsáveis por 75% do tráfego. Os planos vão custar de US$ 2,95 a US$ 49,95 por mês. Quem optar pelo mais barato vai ter de conviver com anúncios do Ning, banners que abrem na tela e tornam a navegação irritante. Por isso, quando optar por um serviço gratuito, tome cuidado para não se tornar dependente.


Saiu o novo Ubuntu
Foi lançada, no final de abril, a versão 10.04 do sistema operacional Ubuntu, conhecida pelo codinome Lucid Lynx. O novo sistema oferece a opção de três anos de suporte, uma loja de músicas online, visual modificado e maior integração com as redes sociais. A cor do tema principal agora tem um tom de roxo e o logotipo ganhou uma fonte nova. Na nova versão, o editor de imagens Gimp foi substituído pelo editor de vídeo Pitivi. Há versões diferentes para netbooks e servidores. Se você não conhece este sistema operacional, no link http://oliviofarias.com/?p=242 há um guia para iniciantes que pode ser baixado livremente. Como o Ubuntu.      www.ubuntu.com


24 horas de TV Brasil, na web.
A TV Brasil lançou, dia 5 de maio, sua web TV. São 24 horas diárias de programas musicais, jornalísticos e infantis para todas as idades, que podem ser assistidos pela internet. A TV Brasil também está disponível na TV aberta analógica e digital, na televisão por assinatura, na recepção por antena parabólica, além da retransmissão via rede de emissoras parceiras em todo o país. A página da web TV permite comentários dos usuários e a interação com outros telespectadores. O serviço  tem um endereço no Twitter, @tvbrasil. O problema é que a emissora usa Windows Media Player – o que gerou uma série de protestos de usuários de softwares livres. Mas, na própria comunidade que está se formando no site, há dicas de como instalar, por exemplo, plugins para Ubuntu.     www.tvbrasil.org.br/webtv


Bom humor em cores e software livre
“Nerdson não vai à escola” é um blog de quadrinhos sobre programação, arte e cultura digital.
É feito por Karlisson Bezerra, desenvolvedor web e ilustrador de Natal (RN). Ele diz que é um blog de nerds para nerds, mas a verdade é que há muita coisa interessante e acessível, até para não nerds, em seu blog. Uma história em quadrinhos na qual o Nerdson, personagem do blog, explica o que é Creative Commons é um exemplo. Os quadrinhos são criados com o software de ilustração vetorial Inkscape e retocados com o software de edição de imagens GIMP, no Ubuntu. A fonte utilizada é a Lula Borges. Os quadrinhos estão sob a licença Creative Commons BY 3.0: você pode publicar e modificar livremente, desde que o autor seja citado.
http://nerdson.com/blog


Games em Linux, gratuitos.
A Wolfire Games organizou, com alguns produtores independentes de jogos, um pacote de cinco games (World of Goo, Aquaria, Gish, Lugaru e Penumbra) com preço livre. Cada usuário pode definir o valor que deseja pagar pelo pacote. Todos os jogos são multiplataforma (Linux, Mac e Windows) e sem DRM, ou seja, podem ser instalados vários computadores. O preço de mercado, somado, seria cerca de US$ 80, mas o preço médio pago pelos 49,7 mil internautas que baixaram os jogos até o início de maio foi US$ 7,90. Mais da metade eram usuários de sistemas Linux. O pagamento pode ir diretamente para os produtores ou para uma das duas instituições sem fins lucrativos participantes da campanha. A Eletronic Frontier Foundation, um grupo de defesa de direitos civis na web, é uma das alternativas. A outra é Child’s Play, instituição que utiliza games para entreter crianças hospitalizadas. O pagamento pode ser feito via Paypal, Google Checkout e Amazon.      www.wolfire.com/humble


Livros para ouvir e pessoas para ler.
O projeto Livro Falado lançou, em abril, o site Livro Falado, onde deficientes visuais podem ter acesso a mais de 350 livros gravados, de cerca de 280 autores brasileiros. Há livros de Ziraldo, Ruth Rocha, Ana Maria Machado e clássicos da literatura brasileira, como Machado de Assis, João Cabral de Melo Neto e Manoel Bandeira. O projeto Livro Falado foi criado em 2000 por Analu Palma, mestre em teatro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com apoio da BR Distribuidora e parceria com a Academia Brasileira de Letras. Com o lançamento do site, pretende atender, também, pessoas com deficiência visual em outros países de língua portuguesa, como Portugal, Cabo Verde, Angola, Guiné Bissau, Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. O projeto pretende incluir os deficientes visuais no acesso ao livro e também qualificar atores cegos. Analu é autora do livro falado Uma História para Ler, Gravar e Ouvir, em que ensina como se grava livros para deficientes visuais. Já capacitou mais de 400 ledores em todo o país. E é por meio do trabalho dessas pessoas que o acervo dos livros falados vai aumentando.    www.livrofalado.pro.br