ARede nº60, junho 2010 – A Coordenação de Cultura Digital do MinC está trabalhando no desenvolvimento de um protocolo de busca em acervos públicos, que permita a personalização dos resultados. O projeto, apresentado no Simpósio Internacional de Políticas Públicas de Acervos Digitais, que se realizou em abril em São Paulo, vai permitir aos usuários ter o acervo da Biblioteca Nacional a um clique de distância; a lista dos vídeos da Cinemateca Brasileira disponível por uma API aberta no site das faculdades; tornar seu próprio acervo individual visível em bibliotecas, centros culturais e universidades; ou socializar toda a produção de vídeos do coletivo do seu bairro na internet. O projeto, já em andamento, chama-se Cervo.
Com este protocolo, o MinC pretende possibilitar a construção de uma rede de acervos interconectados de bases distribuídas. “É como se a Cinemateca pudesse adicionar em ‘seus amigos’ de uma rede social qualquer a Funarte, e ambas disponibilizassem suas ações publicamente, permitindo àqueles que assinam seus feeds acompanhar em tempo real a atualização de suas bases”, diz um texto sobre o projeto publicado no Fórum Brasileiro da Cultura Digital. “A utilização de um protocolo aberto para a publicação de acervos públicos significa autonomia sobre o conteúdo, porque a escolha da licença de publicação, comercialização ou remix do conteúdo fica a critério do publicador, e não da plataforma onde foi publicado; além de significar a criação de redes abertas e orgânicas de acervos interconectados e independentes, possibilitando o acesso a dados transparentes e isentos de filtros particulares”, explica a apresentação do projeto, publicada no Fórum Brasileiro da Cultura Digital.