Série de TV para educação especial

O MEC gravou seis episódios de meia hora com experiências positivas em vários pontos do país  


O MEC gravou seis episódios de meia hora com experiências positivas em vários pontos do país  
Luiz Henrique Ferreira


Uma das personagens da série,
Luma, de 6 anos, no lançamento
do Toda Criança é Única.

Ampliar e disseminar o conhecimento e a compreensão sobre as principais
questões relativas ao processo de inclusão escolar de crianças com
necessidades educacionais especiais, do nascimento aos seis anos de
idade. Esse é o foco que norteia a série “Toda Criança é Única”,
lançada pelo Ministério da Educação (MEC), no dia 8 deste mês. A série
faz parte do programa Educação Inclusiva, que tem como propósito
garantir a inclusão de todos os alunos com necessidades educacionais
especiais no sistema regular de ensino.

Produzida pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), em parceria com as
secretarias de Educação a Distância e de Educação Especial do MEC, a
série compreende seis episódios com duração aproximada de 30 minutos
cada. Os programas tratam da inclusão na educação infantil e buscam
apresentar aos professores das escolas públicas brasileiras
experiências positivas em várias regiões do país, além de orientá-los
no desafio de trabalhar com essas crianças e suas diferenças.

A série foi gravada em Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, São Luís,
Vitória e São Paulo, e será veiculada na TV Escola, canal do MEC.
“Estou feliz em saber que as 75 mil escolas que já dispõem de um
aparelho de DVD e de uma televisão poderão veicular a série, além das
escolas que têm antena e também acessarão os programas via sinal da TV
Cultura”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.

O roteiro parte do princípio de que cada criança é única e todas são
diferentes. Os vídeos iniciam mostrando os acertos e erros de todos, os
problemas e as dificuldades com as crianças em sala de aula sem
desvendar a personagem central da história, para mostrar que todas
apresentam dificuldades, independente da condição de portador de
necessidades especiais. Mais do que personagens, as crianças participam
da criação das animações dos programas, como a vinheta de abertura,
encerramento e créditos.

A equipe de produção permaneceu aproximadamente quatro dias gravando,
em cada cidade, as atividades dentro e fora de sala de aula, além de
coletar depoimentos de professores, ex-professores, pedagogos,
diretoras e pais das crianças. “Quem mais ganha com a educação
inclusiva é a escola pública. Porque, num mundo de tanta intolerância,
ensinamos o princípio da sociabilidade”, frisou Haddad.

Fernando Haddad ressaltou, ainda, que todos os cidadãos do país estão
ganhando com essa forma de sociabilidade, que é nova na escola pública,
mas vem ganhando prestígio e força com as ações da Secretaria de
Educação Especial. A concepção da série é mostrar uma sala de aula como
outra qualquer, onde todos se comunicam, interagem, aprendem, conversam
e, principalmente, são diferentes.

Raio X

Iniciado em 2003, o Programa conta atualmente com a adesão de 147
municípios-pólo, em todos os estados e no Distrito Federal. Seu
objetivo é disseminar a política de educação inclusiva e apoiar a
formação de gestores e educadores para efetivar a transformação dos
sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos. Desde o seu
início até 2006, possibilitou a formação de 80 mil educadores de 4.646
municípios brasileiros.