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Comentários da editora Áurea Lopes
ARede nº 97 – março/abril de 2014
Temas importantes para garantir o acesso democrático às TICs e uma internet livre entram e saem do noticiário, aparecem e somem nas timelines, sobem e descem nos trending topics. A gente precisa ficar atento. Seguir e compartilhar!
A internet vai ser resetada
Não peça para ter privacidade na internet. Tome sua privacidade de volta! Esse é o lema
da campanha Reset the Net (do inglês, reinicialize a rede), que está mobilizando internautas para “redefinir”a rede mundial de computadores. E não se trata de força de expressão. A organização
Fight for the Future está planejando uma ação digital global para o dia 5 de junho – quando a vergonhosa bisbilhotagem patrocinada pela NSA, a agência de segurança estadunidense, foi revelada por Edward Snowden, que continua esperando que um país o receba como asilado político. Por falar nisso… o Brasil bem
que podia dar esse passo à frente do restante do mundo, hein? No site da campanha – www.resetthenet.org – usuários e desenvolvedores recebem orientações do que fazer, na prática: nenhum dado deve ser enviado sem proteção, sites devem usar SLL, serviços de e-mail podem usar Start-TLS, empresas devem encriptar links entre centros de dados. E, como dizem os ativistas, não basta fazer isso sozinho. Conte pra galera que você vai ajudar a reiniciar a internet. Traga mais adeptos para essa luta.
Escolas em contagem regressiva
O governo federal prometeu que o novo programa Banda Larga nas Escolas, com melhor conexão para as escolas públicas do país, criação de conteúdos educacionais digitais e formação para os professores, estará concluído em abril. Vamos torcer para que a mudança de cadeiras no Ministério da Educação – parceiro do Ministério das Comunicações no programa – não deixe os estudantes brasileiros esperarem por mais tempo para ter uma internet que permita uma classe inteira de 20 alunos navegar na rede durante uma aula. Com a velocidade de 1 Mbps que eles têm hoje, não dá… : (
OLPC: vivo ou morto?
O projeto OLPC morreu. Com essas palavras foi anunciado, no site OLPC News, o fim do projeto One Laptop Per Child (OLPC), que lançou o sonho de superar a exclusão digital com laptops educacionais baratos. Desenvolvida no MIT, em 2005, a proposta conquistou governos progressistas. No Brasil, inspirou o projeto Um Computador por Aluno (UCA), hoje abandonado pelo governo. Mas também inspirou o Plan Ceibal, no Uruguai, que virou referência mundial. O OLPC não está morto, nem parado, reagiram o CEO da Fundação OLPC, Rodrigo Arboleda, e o pai do projeto, Nicholas Negroponte, em entrevista à revista Wired. Embora o núcleo de Boston tenha encerrado as atividades, o de Miami garantiu que continua a dar suporte aos projetos no Peru, em Ruanda e no Uruguai. A vice-presidente executiva da Fundação dclarou que foram distribuídos laptops para a Costa Rica e serão entregues 50 mil tablets XO-4 com Android. Tomara que tenha sido apenas um susto. Ou um alerta para a necessidade de manter iniciativas como OLPC, Rapsberry Pi e Arduíno, que propiciam o conhecimento livre.
Vamos lá! 1,3 mi de assinaturas
Para começar a tramitar no Congresso Nacional, a proposta de projeto de lei (PL) que regulamenta o funcionamento de meios de comunicação, a Lei da Mídia Democrática, precisa de 1,3 milhão de assinaturas. Assim como o MC, essa lei também é motivo de disputa entre a sociedade civil, que participou da elaboração do texto, grupos de comunicação e parlamentares concessionários de rádio e TV. O projeto acaba com aberrações como a concessão de meios de comunicação a pessoas com cargo eletivo – deputados e senadores – e a grupos ligados a igrejas. Também proíbe uma empresa de ter mais de cinco canais de comunicação. Mas nada disso sairá do papel sem a pressão da sociedade. Bora lá criar um abaixo-assinado e botar pra circular. Veja as instruções no site da campanha Para Expressar a Liberdade. www.paraexpressaraliberdade.org.br
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