Caio Dib*
Em 2013, resolvi sair do escritório e colocar uma mochila nas costas para conhecer as realidades e as iniciativas educacionais que estão fazendo a diferença no Brasil. Não estava vendo mais sentido em ficar dentro de empresas criando soluções para pessoas com as quais não conseguia entrar em contato e queria muito conhecer mais o cotidiano da educação.
Na época, tinha acabado de publicar o e-book Educação reinventada: a tecnologia como catalisadora de uma nova escola (https://itunes.apple.com/br/app/educacao-reinventada/id605746740?mt=8). Nesse livro, eu defendia, com base em relatórios, entrevistas e pesquisas de campo, que as tecnologias entrariam na sala de aula e mudariam as relações e os modos de ser. No entanto, durante minha viagem comecei a entender que não é preciso haver tecnologia de ponta dentro da sala de aula para mudar essas relações e para promover um verdadeiro desenvolvimento de uma cultura digital. Nem sempre é preciso do meio para desenvolver pessoas que trabalhem em rede, com autonomia, responsabilidade, visão crítica e que também saibam utilizar ferramentas e estratégias para criar seus próprios projetos ou colaborar com outros.
Encontrei tantas iniciativas que trabalhavam muito bem com as realidades locais e pensavam em alternativas educacionais relevantes, que o Caindo no Brasil deixou de ser um projeto de viagem e se tornou uma iniciativa com o principal objetivo de destacar e potencializar essas experiências. Um dos resultados dessa jornada é o livro Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da Educação (www.caindonobrasil.com.br/livro), lançado no dia 4 de setembro. Na obra, analiso em profundidade nove escolas e projetos e quatro histórias de pessoas que conheci durante sua jornada. Voltei para casa e comecei a estudar tudo sobre os projetos que queria compartilhar. No total, foram quase 90 referências bibliográficas lidas e mais de 40 entrevistas realizadas para realmente compreender e analisar as iniciativas destacadas no livro. Algumas delas usam, sim, a tecnologia digital para educar e outras utilizavam outras tecnologias.
O livro também conta com ensaios de outros seis projetos que mapearam iniciativas educacionais em 2013, como o coletivo Educ-ação (www.educ-acao.com) e o documentário Quando sinto que já sei (www.youtube.com/watch?v=HX6P6P3x1Qg). Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da Educação tem prefácio de Rafael Parente, antigo sub-secretário de tecnologia da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e diretor do LABi, e comentários de Alexandre Sayad (Media Education Lab), Fernando Haddad (prefeito de São Paulo), Mauro de Salles Aguiar (Colégio Bandeirantes) e Vicente Carrari (Google Brasil).
Além disso, com o apoio da Faculdade Singularidades, as professoras Denise Rampazzo e Ivaneide Dantas desenvolveram um Guia do Educador. Esse material pode colaborar na formação inicial e continuada de educadores.
Acompanhe mais sobre o Caindo no Brasil pelo site www.caindonobrasil.com.br e pelo Facebook www.facebook.co/caindonobrasil.
*Caio Dib, autor de Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da Educação, conta sobre as iniciativas inovadoras reunidas no livro e na plataforma Caindo no Brasil.
