26/11/2009 – Um dos maiores desafios da Educação, em qualquer parte do mundo, é fazer com que as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) não se limitem a reproduzir os modelos pedagógicos tradicionais, mas sejam utilizadas para renovar a escola e tornar mais atrativo o processo de ensino-aprendizagem. Na opinião do professor Antonio Rodriguez de las Heras, diretor do Instituto de Cultura e Tecnologia da Universidade Carlos III (Espanha), não há inovação educacional sem mudança no pensamento dos educadores. É preciso, diz ele, que o professor tenha desprendimento do que aprendeu e do que fez até aqui e abra espaço para enxergar e avaliar as inovações. “Não adianta dar a ele equipamentos ou ensinar aplicativos. O professor precisa ser capaz de deixar para trás o modelo de ensino antigo e, antes de adotar um novo recurso, fazer uma pausa, e se questionar: para que eu quero essa tecnologia? Essa tecnologia pode me levar aonde eu pretendo chegar? E, para responder essas perguntas, ele deve antes de tudo saber onde quer chegar”. Só assim, de acordo com Rodriguez, o professor vai se motivar e se empenhar na apropriação das TICs.
Participação brasileira
A relação entre os docentes e as novas tecnologias foi um dos destaques da abertura do 5º Congresso Internacional Educared.Iniciativa da Fundação Telefônica, o evento reúne mais de 2 mil pessoas, de 26 a 28 de novembro, em Madri. Este ano, o Congresso começou com uma etapa virtual – palestras e discussões em rede – que teve participação de cerca de 13 mil pessoas de vários países, durante seis meses. Convidado especial, Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, ressaltou os esforços do governo federal para a universalização do acesso às TICs nas escolas brasileiras.
Também foi lançada, no Congresso, a nova versão do site EducaRede, mantido pela Fundaçao Telefónica. “Agora temos um portal global,que integra os conteúdos dos oito países participantes. Os professores, os estudantes e os pais poderão ter acesso a práticas bem-sucedidas em outros países, conectados em uma grande rede educacional”, afirmou Sérgio Mindlin, presidente da Fundação Telefônica no Brasil. O novo portal terá projetos bilíngues, registro unificado de usuários, tradutor automático e versão de conteúdos para celular, entre outras novidades que serão implantadas gradativamente. Gabriella Bighetti, gerente de projetos da Fundação no Brasil, conta que o novo EducaRede fará reconhecimento de IP. “Quando um usuário brasileiro entrar na home, o sistema vai reconhecer o endereço e abrir automticamente a versão do portal para o Brasil. Com essa interface customizada, será muito fácil
consultar conteúdos de outros países”.