As instituições que vão operar as 89 novas unidades do projeto foram pré-selecionadas. A relação está no site do ITI.
Entre 220 propostas inscritas, já foram pré-selecionadas as 89
instituições, entre prefeituras, organizações não-governamentais,
universidades e outros parceiros, que vão sediar unidades do Casa
Brasil, centros de comunicação comunitária, compostos por telecentro,
estúdio multimída e biblioteca, apoiados pelo governo federal. A região
Nordeste é a que concentra maior número de Casas Brasil, com 30
unidades. E 42,7% das iniciativas são de prefeituras.
A lista dos projetos escolhidos está no site do Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação (ITI). As licitações de computadores,
mobiliário, equipamentos para rádio ou vídeo serão realizadas até
novembro, de modo que as unidades sejam inauguradas em janeiro ou
fevereiro, adianta Edgard Piccino, coordenador de inclusão digital do
ITI. Os equipamentos para laboratórios de divulgação científica, no
entanto, quando existirem no projeto, serão adquiridos pelos próprios
parceiros com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), responsável pela coordenação nacional
do Casa Brasil.
Uma equipe de implementadores, que funcionam como o canal de ligação
entre a coordenação nacional do Casa Brasil e as unidades, vai orientar
os parceiros na adequação dos espaços e na seleção dos bolsistas. Serão
seis bolsistas por Casa Brasil, 540 no total. Cada unidade terá um
coordenador geral (bolsa mensal no valor de R$ 1,1 mil), um coordenador
de telecentro (R$ 630,00), um técnico de estúdio multimídia (R$
630,00), um técnico de laboratório – científico ou de informática (R$
630,00), um monitor (R$ 300,00) e um técnico geral da unidade, para dar
suporte, orientar no uso da biblioteca popular, auxiliar na rádio (R$
300,00). Durante um ano, as despesas serão pagas pelo governo federal.
Os equipamentos do telecentro serão contratados pelo ITI, com recursos
do Ministério da Ciência e Tecnologia; os livros para a biblioteca,
obtidos com o Ministério da Cultura (Minc), e a Eletrobrás deve apoiar
a formação dos módulos mulitimídia. Para as conexões à internet, o
Ministério das Comunicações, antes do lançamento dos editais, se
comprometeu a fornecer antenas do programa Gesac. O Gesac, contudo,
teve sua ampliação suspensa para uma revisão geral determinada na
gestão do ministro Hélio Costa. Piccino afirma que a nova equipe do
Minicom já assegurou a manutenção do acordo.
Isso vale para as 89 unidades em fase de seleção. Para as 50,
financiadas pela Petrobras, já em fase avançada de implantação, a
Brasil Telecom vai ceder conexões em banda larga para todas localizadas
na sua área de cobertura – Sul e Centro-Oeste do país. Nas demais
regiões, diz Piccino, ainda não prosperaram as negociações com a
Telefônica e a Telemar.
O Banco do Brasil, diz Piccino, identificou outras 28 unidades de sua
própria rede de telecentros em condições de serem transformadas em
Casas Brasil. A Eletronorte pretende incorporar outros seis pontos; e a
Eletrobrás financiaria a instalação de mais dez ou 15. O que resultaria
numa rede com até 189 Casas Brasil. Entre as 89 iniciativas
pré-selecionadas, 42,7% são de prefeituras e secretarias municipais;
25,84% de organizações não-governamentais; 11,24% de organizações da
sociedade civil de interesse público (Oscips); 7,87% de universidades;
6,74% de fundações; 4,49% de governos estaduais; e 1,12% de outras
instituições.
– Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, que faz a secretaria
executiva do programa Casa Brasil. Para acessar a lista de
pré-selecionados, escolha no menu à esquerda, o link para Notícias.
www.iti.br – Página com informações sobre o projeto Casa Brasil, dentro do site do ITI.