Telecentros – Palmas Virtual: um jeito novo de incluir.

Com o projeto Palmas Virtual, os telecentros da capital do Tocantins foram reformados e novos computadores colocados à disposição da população, em quatro pontos de acesso.


Com
o projeto Palmas Virtual, os telecentros da capital do Tocantins foram
reformados e novos computadores colocados à disposição da população, em
quatro pontos de acesso.


Depois de quatro anos de parceria com o Campus Virtual da Universidade
Gama Filho, do Rio de

Gestão direta e redução de custos.
Janeiro, a prefeitura de Palmas, no Tocantins,
decidiu reformular inteiramente o seu programa de inclusão digital. Ela
assumiu a coordenação do projeto que, inclusive, mudou de nome – de
Cidade do Conhecimento para Palmas Virtual – e foi entregue à população
em julho. O programa esteve suspenso durante cerca de seis meses,
enquanto a nova proposta estava sendo desenvolvida e os pontos públicos
de acesso reformados, com adaptação para portadores de necessidades
especiais. Segundo o secretário de Educação de Palmas, Danilo de Melo
Souza, a mudança foi motivada pela necessidade de reduzir os gastos da
prefeitura com o programa, uma vez que a UGF, que concebeu o projeto,
atuava como prestadora de serviços e, além disso, a prefeitura pagava
aluguel pelos computadores instalados nos telecentros.

Pelo mesmo valor do aluguel anual do computadores – pouco mais de R$ 80
mil –, Souza conta que foi possível comprar o dobro do número de
máquinas antes instaladas. Os atuais quatro pontos de acesso – Shopping
da Cidadania, Aureny III, Arse 71 e Arno 32 – contam, no total, com 36
micros desktop, todos rodando GNU/Linux Kurumim e a suíte Open Office
4.2, e com acesso em banda larga à internet, via Brasil Telecom. No
antigo quinto ponto, foi instalado o Núcleo de Tecnologia Educacional
(NTE), destinado à formação de professores.

Acesso agendado

Para ter atendimento garantido, os usuários podem fazer um agendamento
prévio e usar os computadores por 45 minutos, sem interrupção, para
informações e entretenimento. E podem, ainda, imprimir alguns
documentos. Para atender um maior número de pessoas, cada usuário só
tem direito a marcar uma sessão por dia. Os telecentros funcionam de
segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas e, nos fins-de-semana, das 8
às 13, com acompanhamento de coordenadores e monitores, estes
recrutados entre estudantes universitários, que são pagos pela
prefeitura, como estagiários. Além do acesso à internet, os usuários
têm, à disposição, revistas e jornais e jogos eletrônicos.

Segundo Souza, a freqüência maior tem sido de crianças e jovens. Os
principais serviços utilizados são a internet, com destaque para os
sites de pesquisas, e os jogos em rede. Dos quatro pontos de acesso –
três na periferia da cidade e um mais próximo do centro –, o mais
freqüentado é o do Jardim Aureny III, na periferia, que tem atendido,
em média, 150 pessoas por dia. Entre elas está a estudante Maria
Katiane Silva Bastos, de 16 anos, que considera o programa Palmas
Virtual muito bom: “Tem muita gente que não pode adquirir um
computador. Eu mesma cheguei a ter um em casa, mas, como o custo do
acesso à internet estava muito alto, meu pai teve de vendê-lo.” Outras
pessoas procuram os pontos para acompanhar as notícias, como é o caso
do pastor evangélico Antonio José da Fonseca Corrêa.

Com a reformulação do programa, foi necessário construir um novo site
que, informa Souza, vai sendo incrementado aos poucos, para incluir,
além de informações gerais, turísticas, históricas e geográficas sobre
o município, modelos de documentos como currículos, ofícios,
memorandos, requerimentos, cursos de informação geral para os cidadãos
e links úteis.